quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Cursus de sapientia philosophiae buteco: Gente que gosta de escrever babaquices

Adoro essa galera que adora escrever babaquices na internet. Sem eles eu não teria muitas opções de diversão em meus momentos vagos. Vamos lá, vamos falar sobre essa gente!


Olá meus caros. Faz tempo que não escrevo umas reclamações aqui. Então vamos nessa.
No dia de hoje vamos dar uma olhada em um problema grave da sociedade contemporânea.
Uma disfunção cerebral muito particular que gosto de chamar de Abistracionismo não solicitado e expelimento de merdas digitais... Ou como irei mencionar a partir de agora pela sigla A.N.S.E.E.D.M.D.

Esse é um neologismo criado por mim nesse momento para definir um fenômeno socio-cultural muito comum nos meios digitais como facebook, orkut (ainda existe), twitter, msn, blogs, etc...etc... diversas redes sociais.
O que consiste essa ... "doença"? Basicamente alguém com sérios problemas mentais (prefiro acreditar nisso) redige comentários, artigos, pensamentos, ou qualquer outra coisa que possa ser digitada em forma de texto, de conteúdo altamente rídiculo. Seja de forma abstrata, poética, porém vazia, seja de forma erudita, porém igualmente vazia. Esse tipo de situação pode ser diretamente relacionada com os "pseudismos" que citei alguns meses atrás, neste mesmo dignissimo blog. Geralmente tais seres tem a pretensão de argumentar, mesmo sem ter argumentos plausíveis, sobre algum assunto, profetizar, mostrar suas idéias relativamente superficiais ou somente mesmo ..."causar".

E o por que de tudo isso? Creio eu apenas por pura babaquice. Tem gente que não tem nada melhor pra fazer, não é verdade? Agora vejamos. Existe no facebook uma legião de praticantes dessa estúpidez. Seja colocando frases bonitinhas que elas mesmas não entendem o significado, seja tentando inventar frases mirabolantes que não possuem sentido algum, seja tentando provar algum ponto sem cabimento e nunca utilizando argumentos plausíveis. E por argumento plausível falo de dois tipos. Aquele lógico, que pode ser contestado utilizando-se da lógica ou de alguma área aplicada da filosofia, ou então argumentos técnicos-científicos, que somente podem ser contestados mediante prova irrefutável. Logicamente nem mesmo a ciência é irrefútavel, porém é muito mais plausível você argumentar através da razão comprovada até o momento do que em falácias que voam pelo ar.

E por falar em falácias, parece que é uma grande mania do povo utilizar desse estratagema tão pobre para poder "ganhar uma discussão". Mas aí não é uma vitória honrada, mas sim uma vitória "no grito". E outra, nem vitória seria, pois discussão de facebook? Discussão de msn? Debate de blog? Que raios é isso!? Estamos nas cyber-olímpiadas? Categoria: Discussão abstrata sobre argumentação pobre de 500 metros razos? Ora bolas, carambolas nas minhas bolas. Isso não tem sentido algum.

Bom... Agora muitos podem se perguntar: Eiiii , esse texto também é uma idiotice, quem é idiota o suficiente para se preocupar com isso?

Bom² meus amigos. A diferença básica entre o meu artigo e toda essa babaquice que acontece na internet é que eu tenho um ponto e que esse ponto é baseado em algo plausível, que é uma argumentação apresentando fatos (que tenho certeza, muitos de vocês já viram por ai em alguma rede social) e mostrando a atual situação brasileira. Enquanto isso os que sofrem de A.N.S.E.E.D.M.D.tem a necessidade de mostrar sua (falta de) perspicácia de maneira aleatória e vazia.

Afinal de contas, o que quer dizer alguém que afirma que tudo é provado cientificamente, mas não mostra as fontes do que está falando ou as provas científicas. O que quer dizer alguém que cita frases de gente famosa sem ao menos entender o que quer dizer essa frase. O que alguém pretende em tentar argumentar sem entender o que significa a palavra ARGUMENTO!

Debate não é contradição, debate é uma discussão intelectual na qual se apresentam fatos científicos, argumentos e provas de modo ordenado para que se possa fazer um julgamento sóbrio e perspicaz.
E falando nisso, um videozinho sobre debates para vocês:

Monty Python - Clínica de argumentação

Limbo Musical: Rock progressivo - Capítulo VII

Capítulo VII: Considerações finais

Olá meus amigos. Esse é o último capítulo da saga progressiva. Já falamos da história, de algumas vertentes mais importantes, citei clássicos e falei do progressivo (e outros estilos ligados a ele) no mundo.
Agora vamos as considerações finais sobre o estilo.
O que é afinal de contas o rock progressivo...
Quando a gente fala sobre o assunto vem logo a cabeça algumas bandas como Pink Floyd ou Yes... Que particularmente são bandas bem distintas. E quando pensamos em Jethro Tull... King Crimson... Alan Parsons Project... Genesis... Museo Rosenbach... Premiata forneria marconi... Rush... Van der Graff generator... Marillion... IQ... Pendragon... Porcupine Tree... Spock's Beard... Dream Theater... Pain of Salvation... The Mars Volta... Opeth....
Enfim, cada banda tem seu próprio estilo, suas peculiaridades... Não se classificam facilmente dentro de um gênero apenas. E talvez isso que torne todas essas bandas, e muitas outras, conjuntos de rock progressivo. Além dos pontos comuns, como arranjos complexos, poliritmia, experimentações musicais, longas passagens instrumentais, letras elaboradas, improviso ao vivo, etc... Todas essas bandas tem o "elemento surpresa" em sua sonoridade. Às vezes vem um som que você espera, às vezes não!
Esse é o lance mais legal do rock progressivo, na humilde opínião de quem vos fala.
Bom, essas considerações finais são mais uma espécie de encerramento mesmo... Não quero me prolonguar muito, nem soar redundante. Então agradeço a todos os que se interessaram em dar uma conferida no meu humilde blog. Até mais ver e vamos continuar com outras seções do blog. Um Abraço!

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Limbo Musical: Rock progressivo - Capítulo VI

Capítulo VI:  Vanguardismo, experimentalismo e outros ismos 



Olá meus caros amigos, estamos de volta com a saga progressiva. No sexto capítulo irei abordar um estilo que não é necessariamente rock, mas com certeza MUITO progressivo. A música de vanguarda. Ela surgiu por volta da segunda guerra mundial, visando romper qualquer tipo de regra ou barreira musical imposta, seja pelas regras musicais ou seja pelo "bom senso". Alguns compositores clássicos como Wagner e Debussy são considerados músicos de vanguarda, contudo não é somente a música clássica que adentra esse estilo. Aliás, muito diversificado e não linear, tanto que demandaria diversos posts para cobrir esse estilo, talvez uma saga tão grande quanto a nossa progressiva. Bom, o que nos interessa é falar um pouco de algumas bandas e artistas e conhecer o que é vangarda.
Do francês Avant Garde, um trocadilho com o batalhão que precede as tropas em uma batalha. Ser um vanguardista é estar a frente de seu tempo, assim como a vanguarda está a frente das tropas normais.
E a música vanguardista é assim, sempre rompendo barreiras. Desde o experimentalismo misturado ao rock e música clássica de Philiph Glass, passando pelo R.I.O. (Rock in opposition, estilo muito influênciado pelo jazz, cheio de improvisos)do Univers Zero e até o som... sem som de John Cage... famoso pela peça 4'33", na qual "toca" quatro minutos e trinta e três segundos de puro silêncio.
E o experimentalismo vanguardista é assim, não há regras.
Bom, não sou nenhum expert em música de vanguarda, conheço pouquissimo do estilo, mas considero um estilo de arte interessante. Justamente o mais legal é que esse gênero mostra toda a subjetividade do que é arte. Muitas pessoas irão considerar, por exemplo, a canção "4'33"" de John Cage uma perda total de seu tempo, um insulto a sua inteligência, uma afronta ao bom gosto musical, simplesmente pelo fato de não haver notas. Outros dirão que nem música é. Outros acharão bobo. Outros irão perceber uma sutilidade e uma leve crítica as canções extremamtente virtuosas e pomposas que abusam das técnicas e respeitam todas as regras musicais. Haverá ainda aqueles que vão dizer que é uma obra genial, das mais controversas, algo digno de um brilhante e genial artista. Enfim... Esse é o barato do vanguardismo, não ser NADA previsivel, totalmente fora dos padrões. Chega de papo. Irei recomendar alguns artistas e algumas obras interessantes.

Avant-Gard (em geral) : 


Philip Glass

 
Um dos músicos mais influentes e experimentais do século XX, Glass criou também várias trilhas sonoras para filmes, alguns mais famosos como "O Show de Truman - O show da vida" e "O Ilusionista" ou alguns mais obscuros, como "Mishima" e a trilogia "Qatsi". Compôs a trilha sonora para "Kundum", filme sobre o Dalai Lama. Não irei indicar nenhum disco dele, pois não conheço nenhum a fundo. O que mais ouvi dele foram algumas músicas como "Metamorphosis One" e "Changing Opnion"  e suas trilhas sonoras.

John Cage

Como já foi mencionado, ficou famoso por "ousar demais" e gravar (e apresentar) uma canção sem nenhum instrumento, nenhuma nota, nenhum... SOM! É...esse é o cara do vanguardismo. Mais experimental que isso... Não têm. Somente se existisse uma versão de 23 minutos da canção "4'33"".  Também não manjo muito dos discos dele, mas considerando sua fama, creio que ele não tenha uma discografia muito... convencional.

Arnold Schönberg

Fundador do dodecafonismo (não saberei explicar direito o que é dodecafonismo, então vai um "linkezinho esperto" da wikipédia pra esclarecer qualquer dúvida: http://pt.wikipedia.org/wiki/Dodecafonismo ). Algumas de suas principais obras são: Kammersymphonie No. 1 em Mi maior op. 9, Verklärte Nacht p/ sexteto de cordas Op. 4, Um Sobrevivente de Varsóvia p/ orquestra narrador e coro masculino Op. 46 e Concerto para Piano Op. 42. Seu estilo é muito semelhante ao que vemos em algumas partes orquestradas de canções de bandas de progressivo. A Kammersymphonie por exemplo me lembra muitas partes orquestradas do disco "Atom heart mother" do Pink Floyd (ou esse disco do Pink Floyd remetem a Arnold Schönberg...ehhehe).

Agora vamos falar da versão rock do vanguardismo:

R.I.O. (Rock in opposition):

* R.I.O.
(rock em oposição = Tradução literal) é um estilo mais próximo ao rock progressivo, muito influênciado pelo jazz e melhor compreendido ao vivo, justamente por causa dos improvisos. A oposição vem pelo fato de haver elementos muitas vezes que diferem demais do rock normal. Poliritmia, tons dessonantes e elementos de estrutura musical incoerentes e algumas vezes aleatórios fazem parte do R.I.O. Apesar de nunca ter sido realmente um estilo musical o R.I.O. sofre do mesmo mal que o grunge. Mesmo as bandas sendo muitas vezes musicalmente diferentes entre si, acabaram sendo comparadas por rupturas musicais semelhantes e por muitas vezes terem as mesmas posturas em relação a experimentalismo. Podemos até dizer que R.I.O. é uma versão mais rock do vanguardismo... salvo as proporções)

Univers Zero

Fantástica banda belga de rock progressivo. Talvez uma das mais inusitadas e peculiares. O Som é obscuro, denso e realmente ...perturbador algumas vezes, como a canção "Central Belgium in the dark". Até algumas canções (como a citada) dificilmente podem ser classificadas como rock à primeira vista. Entretanto Univers Zero mostra muita influência de jazz e rock and roll em outras composições como "Chaos hermetique" ou "Jack the Ripper". Mas é lógico, para os desavisados e para quem não está acostumado com a sonoridade "perturbadora" do Univers Zero... Eles tem sonoridade MUITO dissonante.... MUITO estranha. Muitas vezes você até irá imaginar que eles não sabem o que estão fazendo...mas acredite. Eles sabem!  Recomendo os discos "Heresie", "Univers Zero(1313)" , "Ceux Du Dehors" e "Clivages".

Henry Cow


 Não digo que foi fundador do estilo, mas com certeza foi um dos mais influentes precursores e um dos mais interessantes grupos de R.I.O. . Sua sonoridade peculiar trouxe muita influência pro estilo. Dos discos que conheço (só conheço um mesmo) recomendo o primeirão, aquele da meia, Legend.


Stormy Six

Banda italiana do gênero. Para mim um achado e também uma banda muito obscura. Fui encontrar mais informações no site (ótimo site, diga-se de passagem) progarchives. Ouvi algumas canções do disco L'Apprendista e do álbum Un biglietto del tram. Apesar de ser R.I.O. eles remetem muito ao sinfônico italiano e um pouco ao folk também, ao menos pelo que pude constar em algumas canções que ouvi. Não tenho muito pra falar além disso. Mas recomendo.


Outros gêneros:
Temos o krautrock e a cena de cantebury. Já mencionei um pouco de ambos. Exemplos principais dos dois estilos são respectivamente Tangerine Dream e Caravan. Não há muito mais o que possa ser comentado. Aliás, esses dois estilos estão muito mais para um rock progressivo tradicional, nem sei porque raios deixei aqui.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Limbo Musical: Rock progressivo Capítulo V

Rock Progressivo Capítulo V: A queda do rock progressivo e seu renascimento
O rock progressivo fez sucesso até na Terra média

Até meados da década de setenta o rock progressivo dividiu a cena do rock com o hard rock (que na época era chamado de heavy metal, ou apenas rock and roll, por muitos). Parecia que tudo ia bem para esse rico estilo musical, até que começam a aparecer sinais de novos tempos. Um movimento musical e cultural (ou melhor, contra-cultural) chamado Punk Rock começa a surgir na Inglaterra e Estados Unidos. Na Inglaterra, principalmente os jovens filhos da classe operária e trabalhadora, estavam cheios da dificuldade econômica, da sujeira das indústrias, da hipocrisia da religião e de todo e qualquer tipo de instituição e entidade governamentais. Surgiram então os punks. Nos Eua a coisa era mais ligada à sonoridade. As bandas buscavam em seus ídolos dos anos 50 do rock and roll, do rockabilly e da surf music, e de bandas precursoras do punk, como MC5 e The Stooges, inspiração para fazer música simples em contrapartida à música mirabolante e virtuosa das bandas de rock progressivo.
Duas bandas encabeçaram esse movimento de caráter duplo, o punk rock. Essas bandas foram Ramones (nos EUA) e Sex Pistols (na Inglaterra). Muito embora haja a discussão sobre a autênticidade punk dos Sex Pistols (visto que muitos acusam o produtor/empresario da banda, Malcolm MacLarren, de "armar" a banda, não sendo ela um produto genuíno do meio em que viviam, mas sim uma criação para venda de discos), eles foram uma das primeiras bandas inglesas do estilo a aparecer na mídia e levantar a bandeira do punk rock.
De qualquer maneira o punk estourou de tal maneira que muitos jovens começaram a gostar da idéia de rebeldia, anarquismo, músicas simples e o lema "do-it yourself" (Faça você mesmo). Outro estilo musical que ajudou a destruir comercialmente o rock mais sofisticado foi a disco music. De 1975 para frente esse estilo, muito influênciado por bandas de Soul Music e Rythm and Blues, trouxe uma sonoridade totalmente dançante, tendo seus maiores expoentes grupos como KC and the Sunshine Band, Cool and the Gang, Earth Wind And Fire e Bee Gees. Até mesmo algumas bandas que chegaram a fazer música progressiva se bandearam para esse caminho, como é o caso do Chicago (alguns fãs de rock progressivo vão querer me matar, mas sim, Chicago já fez música progressiva, não adianta discutir com os fatos... algumas canções como 25 or 6 to 4, são bem progressivas).
Bom, o fato é que o rock progressivo começou a decair. Muitas bandas como Emerson Lake and Palmer, Triumvirat, Genesis e Yes começaram a amenizar seu som, ficando até mais pop/comercial do que gostariam de ser. ELP é a prova cabal disso no álbum "Love Beach" de 1978. Totalmente diferente da sonoridade complexa, cheia de energia e virtuosismo que existia em álbuns maravilhosos como "Brain Salad Surgery" ou "Tarkus".

Mas...nem tudo estava perdido.
A revolta da música mais sofisticada e menos comercial estavam por surgir com o Heavy metal. Tudo se deu início na NWOBHM (New Wave of British Heavy metal, ou em bom português, Nova Onda do Metal Britânico). Bandas como Iron Maiden, Witchfinder General, Saxon, Raven, Tank, Tokyo Blade, Angel Witch, Cloven Hoof, Diamond Head, entre outras começaram a fazer o heavy metal oitentista como conhecemos atualmente. Mas esse não é o ponto que quero chegar. Falei disso somente para traçar o panorama musical do final da década de setenta e início dos anos oitenta.

Bandas como Marillion, IQ e Pallas, começaram a resgatar a sonoridade esquecida por alguns. Mesmo não tendo a complexidade de bandas como Yes, Genesis e Gentle Giant em seu apíce, essas bandas, e outras, começaram a criar um estilo sofisticado que ficou conhecido como rock neoprogressivo. A mescla de rock and roll, hard rock, música erudita, jazz, blues e influências new wave estavam presentes. Outras bandas importantes que surgiriam nesse estilo seriam Spock's Beard, Pendragon, Magellan e Porcupine Tree (muito embora essas duas últimas tenham elementos de metal progressivo).

Marillion - Misplaced Childhood (1985)

Terceiro álbum do Marillion e considerado um dos melhores da banda. A sonoridade não é tão "setentista" como a dos discos anteriores, mas garante uma audição de qualidade e uma proposta diferente do cenário musical da época. O álbum é conceitual (muito embora eu não saiba direito qual a história do disco) e apresenta o maior sucesso da banda, "Kayleigh", que é um "trocadilho" com Kay Lee, uma ex-namorada do vocalista, o Fish. Algumas das músicas mais legais da banda, como a própria "Kayleigh", "Waterhole (Expresso Bongo)", Bitter Suite, Blind Curve e Lavender se encontram no disco.

 Pendragon - The Window of Life (1993)

Pendragon é uma das bandas de neoprogressivo que conheço que menos ouvi. Entretanto esse disco me chama muito a atenção por ter muitas caracteristicas que mostram a influência de bandas setentistas, como Genesis, mas mantendo elementos de originalidade da banda. Posso dar destaque as músicas como "The Walls of Babylon", "Ghosts" e "The Last Man on Earth". Todas músicas compridas, sendo a menor "Ghosts", com mais de oito minutos.

Spock's Beard - V (2000)

Poderia falar do álbum de estréia dessa banda "The Light" de 1995, do segundo disco "Beware the darkness" de 1996, ou do disco conceitual "Snow" de 2002, que muito lembra o clássico do Genesis, "The Lamb lies down on the Broadway". Entretanto irei comentar o que considero como melhor disco dessa ótima banda. V, lançado em 2000. Apesar do Spock's Beard ser geralmente classificado como banda de progressivo sinfônico, sua sonoridade não remete tanto a década de sententa, tendo a banda uma sonoridade mais moderna, o que não é ruim, pois não me refiro a "frescuras" modernas, como elementos eletrônicos, mas sim a essência das músicas. O disco tem dois grandes épicos "At the end of the day", um dos maiores clássicos da banda, com cerca de 16 minutos e The Great Nothing, que passa de 27 minutos. Entre essas duas perolas do progressivo moderno temos 4 músicas "mais tranquilas". "Revelation", "Toughts (Part II)" , "All on a Sunday" e "Goodbye to yesterdays". Tirando "Revelation", que tem um clima bem space rock, as outras são espécies de baladas de rock, mas de muita qualidade, sendo principalmente "Thoughs (Part II)" e "All on a sunday" destaques, pela beleza e complexidade.


IQ - Ever (1993)

Considero os dois melhores trabalhos do IQ os discos: The Wake de 1985 e Ever de 1993. Escolhi falar um pouco do Ever por ser a obra mais completa e essencial do IQ. Não há muito o que se falar desse disco. Ouvi pouco do IQ, entretanto Ever ficou na minha mente como uma das obras mais importantes e belas do neoprogressivo. Vale destacar faixas como "The Darkest Hour", "Further Away" e "Fading Senses".
Entre tantos discos bons e ruins, alguns se sobressaem e esse é um deles.


Metal Progressivo:

Durante esse período que falamos, que surgiu o rock neoprogressivo, outro estilo muito popular atualmente entre os fãs de metal e de rock progressivo(alguns), deu as caras. Influênciados diretamente por bandas progressivas como Rush, Kansas, Yes, King Crimson, entre outras, principalmente bandas que se apoiavam muito no uso das guitarras, como as citadas, e por grupos de heavy metal setentista e oitentista, como Judas Priest, Iron Maiden, Black Sabbath, Budgie, Uriah Heep, entre outros, surgem algumas bandas fazendo música progressiva, mas nem tão progressiva assim.

Queensryche talvez tenha sido uma das bandas precursoras desse estilo, juntamente com Fates Warning.
Essas duas bandas começaram a fazer esse tipo de sonoridade em meados da década de oitenta, tendo ambas atingido um nível suficiente de "progressividade", para ser chamadas de metal progressivo, nos álbuns "Operation: Mindcrime" e "No Exit", respectivamente. Muito embora não seja possível comparar esses discos a obras de metal progressivo mais moderno, como "The Human Equation" do Ayreon, "Remedy Lane" do Pain of Salvation, "Six Degrees of Inner Turbulence" do Dream Theater ou "The Divine Wings of Tragedy" do Symphony X, são discos que abriram as portas para o metal progressivo.




Queensryche - Operation: Mindcrime (1988)




Disco mais importante, e provavelmente o melhor, do Queensryche. Muito embora a banda só viesse a estourar nas paradas (Oooooo coisinha mais pop/mtv/comercial/malhação/adolescente/show bizz) no disco "Empire" de 1990, com o plágio...quer dizer, com a totalmente influênciada por Confortably Numb do Pink Floyd, "Silent Lucidity", o disco "Operation: Mindcrime" é a gema mais valiosa do Queensryche. É um disco conceitual, com riffs calcados no heavy metal oitentista, entretanto, com músicas complexas e uma maravilhosa influência de rock progressivo, como podemos notar em faixas como "Suite: Sister Mary", "The Mission" e "The Eyes of a Stranger".





Fates Warning - A Pleasant Shade of Grey (1997)

Esse álbum do Fates Warning divide opiniões. Alguns consideram muito denso, obscuro e difícil de ouvir. Outros consideram como o mais perfeito disco da banda. Realmente, ele é obscuro, denso e difícil de ouvir, mas isso que o torna tão intrigante. Apenas uma faixa de mais de cinquenta minutos, dividio em 12 "sub-faixas". A questão é que é um daqueles tipos de disco que dificilmente você irá captar toda a essência da música em apenas uma "ouvida". Tem que pegar as letras, sentar e ouvir com atenção e tentar entender a proposta da banda. Considero uma das maiores pérolas do metal progressivo.

Dream Theater - Images and Words (1992)

Embora o DT já tivesse lançado um disco antes "When a dream and day unite" em 1989, com outro vocalista, esse álbum (que marca a estréia do tão amado e odiado James LaBrie) é o pontapé inicial do que o DT viria a se tornar. Muitos acusam a banda de ser virtuosa ao extremo, que seus discos são meros exercícios musicais com letras, e todo esse tipo de baboseira de quem não consegue compreender a progressão e a harmônia da música do Dream Theater. Contudo esse álbum é o apogeu do rock progressivo e também o arquetipo de todas as bandas posteriores. Pode anotar, quando se fala de metal progressivo a primeira banda que vem na cabeça é Dream theater e a sonoridade que lembramos são as de músicas como "Metropolis - Part I: The Miracle and the Sleeper", "Take the Time" ou "Learning to Live". Sem mais o que dizer desse disco que para mim é o mais importante do metal progressivo!

Ayreon - The Human Equation (2004)

Ayreon é uma banda, aliás, um projeto, do compositor e músico holândes Arjen Anthony Lucassen. Desde 1995 ele lança discos sob o nome Ayreon, sempre com convidados fazendo parte da "banda", e são sempre nomes ilustres do rock e do metal. Nomes que vão de James LaBrie do Dream Theater, a Bruce Dickinson do Iron Maiden, e Fish do Marillion à Devin Townsend do Strapping Young Lad (que também foi vocal do disco "Sex and Religion" do Steve Vai). Todos os discos do Ayreon são conceituais. Esse em questão trata em vinte faixas (como se fossem dias) a vida de um homem que está em coma. Suas frustações, seus sentimentos, e como tudo afeta seu estado, tanto interna como externamente.  A sonoridade vai do metal mais pesado e atual até a influências de folk progressivo, como jethro tull.


Gostaria de falar de outros álbuns aqui... Existem pelo menos mais dois clássicos do metal progressivo que nunca poderia deixar de falar. São "The Perfect Element Par I" do Pain of Salvation e "The Divine Wings of Tragedy" do Symphony X. Fica a dica desse dois discos também.

Galera, próximo post vamos continuar nossa saga progressiva... Até mais!

terça-feira, 12 de julho de 2011

Limbo Musical: Rock progressivo Capítulo IV

Rock progressivo: Capítulo IV O rock progressivo fora da Inglaterra
No capítulo anterior de nossa saga progressiva abordei um pouco sobre o cenário britânico, algumas das bandas mais importantes e populares do genêro. Assim como cada estilo musical tem um país no qual se originou ou tornou-se mais popular é o mesmo com o progressivo. Tendo como berço a Grã-Bretanha, mais precisamente a Inglaterra, existem destaques de cenasa riquissimas fora desse país. Os maiores destaques vão para Itália e Alemanha, mas não podemos deixar de citar países como Brasil, EUA, Japão, França entre outros, que trouxeram grandes nomes.

O progressivo na Itália

Aqueles que são estudiosos e entusiastas do rock progressivo sabem de certo que a Itália possui uma gama enorme de bandas. Algumas ficaram até bem populares, como é o caso do Premiatta Forneria Marconni e Banco dell Mutuo Soccorso. Outras bandas como Cherry Five, Jumbo, Semiramis, Museo Rosenbach, Metamorfosis, não obtiveram tanto destaque, contudo não ficam atrás nos quesitos musicalidade, progressão, sonoridade, qualidade, etc.

Não creio que se possa dizer que existe um estilo chamado Rock progressivo italiano, visto que quase todas as bandas italianas utilizam-se de sub-estilos já consagrados como o rock progressivo sinfônico, o fusion jazz, o hard rock, entre outros... Todavia a sonoridade dessas bandas costuma ser única, com uma densidade muito grande. E o mais legal, na minha humilde opinião, é a escolha das bandas de cantarem em sua língua pátria. Em uma época que a moda era cantar em inglês para atingir um público maior, esses grupos escolheram utilizar sua lingua natal, sem medo de "passar vergonha".

Agora chega de papo sobre prog italiano. Irei recomendar alguns dos meus discos favoritos desse cenário tão rico:

1973 - Museo Rosenbach - Zarathustra

Talvez um dos discos mais obscuros da história do rock, que por contradição, tem se tornado muito popular entre os fãs de progressivo devido a internet. Maior que sua obscuridade é sua qualidade. Sendo um album progressivo é de se esperar um clima mais denso, variações de tempo, ritmo e arranjos complexos. Porém esse grupo vai além e mostra que a música é sim uma das formas mais complexas de arte. A primeira faixa ocupa o lado A inteiro da bolacha com a música "Zarathustra" de mais de vinte minutos. O conceito da canção é baseado no livro "Assim falou zaratustra" de Friederic Niezstche. O segundo lado do disco conta com outras grandes três faixas. A sonoridade é baseada nas guitarras pesadas, bem hard rock. Não tem tantos riffs marcantes, porém os fraseados e solos são de deixar o ouvinte de queixo caído. O teclado é um show a parte, denso e "pesado". Os vocais variam de gritos agressivos e "rasgados" a momentos mais suaves e melódicos. A cozinha é o menor destaque, fazendo seu trabalho com competência, porém sem um grande destaque. O disco é o único lançamento desse grupo na década de setenta, sendo que a banda lançaria seu segundo album quase vinte anos depois do primeiro.

Confiram nesse link uma resenha mais detalhada que eu fiz sobre a banda em um blog de um camarada, o Gustavão (Abraço garoto): http://rockarquivodois.blogspot.com/2010/07/museo-rosenbach-zarathustra-1973.html

1972 - Premiata forneria marconi - Per um Amico
Talvez a mais popular banda progressiva da Itália, e uma das melhores. Esse disco demonstra toda a qualidade do grupo e é considerado um dos melhores do conjunto. A mistura perfeita de sonoridades pesadas do hard rock a sofisticação da música erudita e do jazz faz com que esse lp seja um dos maiores discos da história da Itália. Destaques vão para a faixa de abertura do disco "Appena Un Po", “Generale” e “Per Un Amico”. Não desmerecendo as faixas restantes, entretanto essas três demonstram que são algo além de simplesmente músicas maravilhosas, são músicas geniais.



1972 - Banco del Mutuo Soccorso - Darwin


Um disco conceitual de uma das bandas mais "estranhas" (no bom sentido) da Itália. O conceito gira em torno das teorias de Darwin, sua história e principalmente da teoria da evolução das espécies. Musicalmente é um álbum riquissimo, um pouco "estranho" (Já falei, no bom sentido) se comparado a outras bandas, mas com muita qualidade. O grande destaque é o trabalho nos
teclados que vão muito além do álbum de estréia da banda, mostrando que a banda fez a lição de casa e soube usar sintetizadores de maneira eficaz, criando ambientes sonoros de muita qualidade e maestria.Destaque para as faixas " L'Evoluzione", "750,000Anni Fa..L Amore?", "La Conquista Della Posizione Eretta" e "Ed Ora Io Domando Tempo Al Tempo Ed Egli Mi Risponde ... Non Ne Ho!".




1973 - Semiramis - Dedicato a Frazz



Um dos discos com a capa mais estranha e feia (e olha que eu adoro essa capa) que já vi na vida. Entretanto o som é inversamente proporcional, uma das sonoridades mais completas e belissimas, muito embora seja o único disco dessa maravilhosa banda. Antes de continuar quero fazer um comentário. Tornou-se, até algum tempo atrás, exacerbar esse álbum, tanto devido a qualidade, quanto devido a obscuridade do som e da banda. Tornou-se um tipo de clássico esquecido. Agora existe outra vertente de pensamento, dizer que é um disco superestimado, que é bom, mas não é lá grande coisa. Bom, a meu ver ambas as vertentes de pensamento estão equivocada. Não é o melhor disco de todos os tempos, mas com certeza também não é um disco de se jogar fora, e diria até mais, é um dos grandes clássicos italianos esquecidos realmente.
O interessante é a perfeita harmônia de peso e melodia. As guitarras são bem pesadas para um trabalho de 1973 de uma banda que não é heavy metal (assim com Black Sabbath era na época). A sonoridade é bastante diversificada, embora em alguns momentos algumas músicas se tornem um pouco redundantes, mas nada que faça você achar que está ouvindo a mesma faixa diversas vezes. Em suma, um ótimo disco, altamente recomendado.


Agora vamos falar um pouco de um outro país... Alemanha.


A Alemanha sempre foi um país de destaque no cenário mundial. Seja por ter se envolvido de cabeça em 2 grandes guerras, ter sido palco de uma das maiores desgraças do século XX (não falo do Curintias, nem do governo do George W.Bush, mas sim do Regime Nazista), ter um "muro das lamentações" moderno (Muro de Berlim, óbvio), ou por fabricar o carro favorito dos "boys" do começo do século XXI (esse eu nem vou comentar).
Mas a Alemanha também teve um rico cenário musical, principalmente quando se trata de música progressiva. Alguns destaques maiores vão para bandas como Triumvirat, Eloy, Kraftwerk, Tangerine Dream, Can, Amol Dü II, entre outras.
A sonoridade de algumas, como as três últimas citadas se encaixa no Krautrock, sub-estilo experimental que visava criar um novo tipo de cultura musical na Alemanha. O nome krautrock, a principio, era uma ofensa dos críticos. Krautrock é uma palavra que faz uma espécie de trocadilho com chucrute (repolho cozido), querendo dizer repolho estragado, ou algo do tipo. Entretanto o termo acabou sendo adotado como classificação para essas bandas.

Bom, chega de conversa fiada, vamos para os destaques:

1974 - Kraftwerk - Autobahn

Uma banda única para sua época. A sonoridade do Kraftwerk é eletrônica, sendo uma das bandas precursoras dos estilos de música eletrônica e techno surgidos a partir do fim dos anos oitenta e começo dos noventa. Entretanto as semelhanças cessam nesse ponto. Kraftwerk segue a linha experimental do krautrock, e esse disco é considerado a obra-prima da banda. A faixa-título ocupa inteira o lado A do disco. Ela é grande, mas não é tão épica ou variada. O conceito por trás dessa música é apresentar uma espécie de "trilha sonora" para uma estrada, tentando induzir o ouvinte a acreditar que está viajando na auto-estrada. O segundo lado do disco contém músicas mais curtas, mesclando trechos bem sombrios e soturnos a passagens mais alegres, sendo que esse lado é inteiramente instrumental.

1977 - Eloy - Ocean

Melhor disco dessa banda muito boa. Inevitavel as comparações feitas a grandes icones como Genesis, Pink Floyd ou Yes, entretanto a banda se mostra original, mesmo que bebendo da fonte dessas bandas já citadas. A sonoridade varia do sinfônico ao "space rock", e o conceito por trás do disco é algo como a ascenção e queda de Atlantida. Não há muito o que falar desse disco a não ser que é um dos mais completos e melhores discos de rock progressivo alemão.

1975 - Triumvirat - Spartacus
Triumvirat sempre foi comparada ao super-grupo Emerson, Lake and Palmer. Muito embora eu veja as semelhanças por conta de ambas as bandas se basearem em trios, não usarem guitarras (na maior parte das músicas) e focarem muito no teclado, sintetizadores e orgãos, ainda sim creio que existam diferenças atenuantes. Enquanto o ELP foca muito no virtuosismo de seus músicos e em muitas vezes na "agressividade" das faixas e no tamanho delas, o Triumvirat se foca mais nas melódias e nas repetições e variações de temas (um recurso do rock progressivo que eu gosto muito). Escolhi esse disco, Spartacus, que considero o mais equilibrado da banda, mesmo meu favorito sendo "Illusions on a double dimple", álbum anterior do conjunto. Spartacus conta a história do gladiador-escravo de mesmo nome que liderou uma rebelião contra os romanos em torno de 70 a.c. Quanto a sonoridade temos belissimas músicas como "The Capital of power", "The School of instant Pain", "The Hazy shades of dawn" e "Spartacus", sendo essas músicas os maiores destaques. Não é um disco com guitarras pesadas, contudo as melódias são tão bem feitas que acabam suprindo essa necessidade.

1974 - Tangerine Dream - Phaedra

Tangerine Dream é uma banda de krautrock que teve diversas fases. A mais aplaudida e considerada a melhor pelos fãs é a de meados da década de setenta. Phaedra é considerado a obra máxima do grupo pela maioria. Um disco que pessoalmente considero denso, mas de certa maneira calmo e relaxante em muitos momentos. Ao contrário de outras bandas como ELP, Triumvirat, Genesis, Yes, etc... Não há aquele momento frenético, vulgarmente chamado de "fritação". É um som bem introspectivo. Diferente dos discos anteriores, voltados as influências de Pink Floyd em começo de carreira é um disco singular.


Bom, agora que acabamos de falar da Alemanha e Itália, que tal apenas destaquer grandes nomes de outros países. É esse post está longo e estou cansado.
EUA: Kansas

Para mim o maior nome do rock progressivo vindo dos USA. O melhor disco deles é com toda certeza Leftoverture. A sonoridade se assemelha mais a bandas como Rush, um hard bem progressivo. Destaques para Carry on My wayward son, Magnus Opus e The Wall.

Canadá: Rush

Uma das bandas que mais gosto. Não tem muito papo, Rush é RUSH! Pronto, acabou.

Brincadeira, não vamos ser tão superfíciais. Rush tem uma trajetória inigualável. Uma banda que se construiu com bases no rock and roll, rythm and blues e logo avançou para o rock progressivo (se bem que eles tem muito de hard rock e heavy metal, tanto que seriam as bases para o metal progressivo, abordaremos isso em outro "post"). Meu disco favorito deles? Tem tantos. Mas darei destaque para o Hemispheres, com certeza o mais progressivo da banda. Lançado em 1978 foi o último disco 100% prog do Rush, depois lançariam Moving Pictures e Permanet Waves, alcançando de vez o estrelato com Tom Sawyer e Spirit of the Radio. Mas o Hemispheres tem algumas de minhas canções favoritas. Cygnus X-2 (epico de 20 e poucos minutos) e The Threes, uma das mais belas faixas da banda.

Brasil: O terço, Casa das máquinas, Sá(,) Rodrix e Guarabyra, O Som nosso de cada dia, bacamarte, A barca do Sol, Mutantes, entre outras...

O Brasil, por incrível que pareça, teve um cenário progressivo riquissimo, e atualmente é um dos poucos países que ainda segue essa tradição (junto com a Itália e alguns outros), vendo que a moda hoje em dia é metal progressivo e não rock progressivo. Essas bandas citadas são apenas alguns destaques. Nem entrarei em mais delongas, apenas ouçam discos cabulosos como "Do A ao Z" dos Mutantes (sem a manezona da Rita Lee), "Criaturas da Noite" da banda O Terço ou o último disco ao vivo (Dvd melhor ainda) do Sá, Rodrix e Guarabyra. Rock progressivo com sonoridade totalmente brasileira. (Muito embora esse último que citei varie demais no estilo e não tenha tantas amostras de prog, mais em faixas como "Mestre Jonas" ou "Jesus numa moto").

Japão: Far East Family Band

Banda do grande nome da New Age Kitaro. Na época ele já tinha carreira solo, entretanto esse disco é de sua banda de progressivo. Sonoridade à lá Pink Floyd lá da época do Meddle ou do Atom heart Mother, porém mais rock, menos experimental, mais progressiva e mais sómbria, mais obscura. A qualidade é tanta que não tenho palavras para descrever. Ouvi esse disco, sei que a banda é do Kitaro, porém tenho dificuldades para achar mais informações. Se alguém quiser ajudar deixe um comentário ou mande um e-mail para mim. Nipponjin é o disco que ouvi deles. Destaque para o lado A do disco.

França: Jean Michel Jarre, Gong, Magma, Jean-Luc Ponty

São alguns nomes do progressivo francês. Jean Michel Jarre é o menos progressivo, mas o mais famoso. Trabalhos instrumentais, trilhas sonoras, música new age e progressivo eletrônico constam em seus trabalhos, tendo destaque Oxygen I e II. Gong e Magma são bandas singulares. Gong mais tradicional, tendo em suas influências o rock progressivo mais tradicional e o space rock. Magma por sua vez é uma banda que canta em uma língua própria criada pelo baterista, o Kobaian. A maioria de seus discos tratam de um único conceito, a ascenção, queda e colonização de outros planetas pelo povo de Kobaia. Jean-Luc Ponty por sua vez apesar de ser um virtuoso músico de Jazz é ligado diretamente ao progressivo, sendo um dos maiores violinistas da música moderna.


Bom, existem outras grandes bandas de progressivo em diversos países. Entretanto tentei resumir ao máximo isso, caso contrário poderia ter um blog exclusivamente para tratar de grupos progressivos mundo a fora.

Continuamos no próximo capítulo meus amigos.


terça-feira, 7 de junho de 2011

Limbo Musical: Rock progressivo - Capítulo III

Limbo Musical: Rock progressivo - Capítulo III Os anos dourados do rock progressivo

Não dá pra afirmar com certeza qual foi o ano, a banda, o disco, ou a música que deram o pontapé incial ao rock progressivo, quanto mais definir qual banda moldou o estilo que conhecemos hoje. Além do que o rock progressivo engloba um número enorme de sub-estilos, o rock sinfônico, o folk progressivo/folk rock, o hard rock progressivo, o neo-progressivo, o krautrock, a cena de canterbury, o r.i.o. (rock in opposition), a cena italiana da década de setenta, etc.
Tudo isso dificulta e muito analisarmos de modo linear o rock progressivo. Por isso irei me abster a mostrar o apogeu desse rico mundo musical.

Todos sabem que a banda mais popular de rock progressivo é, e provavelmente sempre será, o Pink Floyd. Não só a mais popular, como a comercialmente mais bem sucedida. Em 1970 o Pink Floyd lançou "Atom Heart Mother", que viria a ser um marco na mudança de sonoridade da banda. Ainda havia psicodelia do Piper at the gates of dawn, e o experimentalismo do Ummagumma, entretanto a sonoridade era muito mais coesa, mais equilibrada e muito bem calculada. O fato de uma orquestra participar das gravações foi um fator importante para determinar uma sonoridade peculiar ao disco, diferente das coisas anteriores lançadas pelo Pink Floyd.

Seu disco mais bem sucedido foi "Dark side of the Moon", lançado após o progressivissimo "Meddle", que contém "Echoes", a suíte que iria caracterizar a sonoridade do Pink Floyd dali adiante. DSOTM marcou a banda por dois motivos, o já mencionado sucesso comercial, ficando por mais de 14 anos na Top 200 da billboards. O outro fator marcante desse disco é a simplificação do som do Pink Floyd. Não confundam "simplificação" com "Porquisse" ou "som mal feito" ou "Menos trabalhado". Quero dizer que não haviam aquelas suítes enormes de vinte minutos, entretanto havia uma continuidade da sonoridade da faixa Echoes, um som hipnótico, suave, melódico e sofisticado.

Enquanto o Pink Floyd fazia seu rock progressivo, também chamado de space rock por alguns, devido ao alto uso de sintetizadores e sonoridades "hipnóticas" (melhor termo que consegui achar para definir a sonoridade do Pink Floyd), aspectos semelhantes aos da banda Hawkwind, que essa sim, era chamada mais comumente de space rock, outras bandas davam enfâse a uma sonoridade mais complexa e abrangente.

Genesis e Yes ficaram sendo conhecidas como duas das mais pomposas bandas da Inglaterra.
A mistura de música clássica, jazz e elementos do rock pesado faziam essas bandas serem influências para 90% de todas as outras bandas de rock progressivo que vieram depois.

Os discos, "Tresspass", "Nursery Crime", "Foxtrot" e "Selling England By The Pound" do Genesis e "Fragile", "Close to the Edge", "Relayer" e "Tales from the Topographic Oceans" do Yes, são algumas das obras de rock progressivo mais marcantes e elaboradas da década de setenta feitas na Inglaterra. Músicas de mais de vinte minutos, orquestrações, arranjos complexos e letras ora filosóficas, ora instrospectivas, ora fantasiosas, faziam tudo soar grandioso e inusitado.

Esse estilo Pomposo e épico foi bem explorado por outras duas bandas.
Emerson Lake and Palmer (mega conjunto formado por Keith Emerson, do The Nice, Greg Lake do King Crimson e Carl Palmer do Atomic Rooster) e Triumvirat. Muitas vezes essas bandas são comparadas pela sonoridade parecida, muitos teclados e influência de jazz e música erudita.
Acontece o seguinte, ambas as bandas não possuem guitarrista (ao menos em 90% de suas músicas não há guitarras). Isso cria uma visão errada de que Triumvirat é uma cópia germânica de ELP. O fato é que as duas bandas abusam da complexidade sonora, assim como Genesis e Yes, contudo, elas se diferenciam por serem muitas vezes mais "pesadas" ou "agressivas" que as bandas como Yes e Genesis. Você não irá ouvir nenhum som realmente pesado, como uma banda de Thrash metal por exemplo, mas com certeza a sonoridade de ELP é mais rispida e "bruta" que a do Yes, no geral.

Existem outras bandas muito importantes para abordarmos, mas irei me conter e falar apenas de mais cinco. King Crimson, Gentle Giant, Van Der Graaf Generator, Camel e Jethro Tull.

King Crimson talvez foi a mais "louca" e "estranha" banda de rock progressivo jamais vista na Inglaterra.Formada e "liderada" pelo eximio guitarrista Robert Fripp e pelo baterista Michael Giles, King Crimson talvez tenha definido o que viria a ser rock progressivo definitivamente.
Seu primeiro disco "In the Court of the crimson King" foi um marco, a mudança de sonoridade do psicodelismo para o progressivo foi evidente. Uma sonoridade menos "viajada" e mais "épica", desculpem esses conceitos, mas é como eu consigo explicar melhor o que quero dizer.
Sem contar que ela foi uma das bandas que influenciaria diretamente a criação do Metal progressivo do fim dos anos oitenta, com seu disco "Larks Tongues in Aspic", com muitos riffs pesadissimos e variações instrumentais pertinentes ao metal progressivo.

O Van Der Graaf Generator é uma das bandas citadas aqui que eu menos conheço, mas contraditoriamente é uma das que mais ouvi. Conheço apenas os discos "Still Life", "The Least we can do is weave to each other" e "Pawn Hearts", e o que mais ouvi deles foi o "Pawn Hearts", que considero uma das melhores obras já lançadas no rock progressivo. Um disco obscuro, com sonoridade variada, cheio de pianos, instrumentos de sopro e guitarras, tanto "limpas", quanto "sujas". Não tem muito o que falar de Van Der Graaf Generator, assim como desse disco maravilhoso que é "Pawn Hearts". Ouçam e confiram. Destaque para a faixa de mais de vinte minutos "A Plague of Lighthouse keepers".

Gentle Giant por sua vez não era uma banda musicalmente tão agressiva quanto o King crimson, nem tão "louca" em suas experimentações, entretanto foi uma das mais sofisticadas e complexas bandas de rock progressivo. Usarei uma frase que li na revista superinteressante para definir o Gentle Giant (praticamente a mesma frase que eles usaram): O gentle giant muitas vezes se assemelha a uma banda de outro planeta tocando música de câmara. Os álbuns Octopus e Acquiring the taste sejam talvez os discos que mais definem o som da banda.

O Camel entretanto não tinha o experimentalismo excentrico do King Crimson, nem a pompa sofisticada do Gentle Giant. Contudo eles eram uma banda redonda. Talvez a mais redonda e harmoniosa banda de rock progressivo inglês. O trabalho instrumental melódico, porém com um nível de peso adequado ao rock progressivo, com riffs e solos de guitarra perfeitos, teclados criando um clima ótimo para a música e dosando os solos com as guitarras e uma cozinha sem ter o que botar defeito. Podemos dizer que o Camel é um resumo das bandas de rock progressivo, com qualidades diferenciais também, por exemplo, uma das únicas bandas que lançou um disco instrumental que conta uma história, Snowgoose. Esse disco mostra elementos de hard rock e jazz em suas estruturas, além do bom e velho rock progressivo tradicional, se é que podemos dizer isso! Contudo a única coisa que não brilha no Camel é são as vocalizações/vocais. Mas não é nada que estrague o som, eles são bons, entretanto outras bandas são melhores nessa área especifica. Gentle Giant por exemplo.
E não sei se o nome da banda foi inspirado no cigarro Camel, entretanto existe o álbum "Mirage" (considero um dos melhores deles) que tem a capa identica ao rótulo do cigarro, só que em forma de miragem.

O Jethro Tull por sua vez é uma banda que permaneceu singular e longe de comparações com qualquer outra. Talvez pelo fato do Jethro Tull ter sido uma banda folk, com influências de blues e jazz que virou rock progressivo. Essa transação se deu de maneira lenta durante os primeiros discos da banda, mudando abruptamente a partir de 1972.
Até 1971 o folk e o jazz eram os elementos principais do som do Jethro Tull. "Stand Up", "This was" e "Benefit" mostram claramente isso, uma evolução progressiva e lenta. "Aqualung" foi um disco que marcou algumas mudanças caracteristicas na banda. Mais mudanças de tempo nas músicas, mais misturas de instrumentos e músicas mais longas. Em 1972 o lançamento de "Thick as a Brick" foi uma mudança total na sonoridade e modo de composição do Jethro Tull. ao invés das habituais nove ou dez faixas, apenas uma faixa. Duas partes, cada uma com mais ou menos vinte minutos. Sem muitas passagens acústicas como nos álbuns anteriores e muitas mudanças de tempo e variações ritimicas no disco.
Jethro Tull foi uma das bandas que mais se diferenciou nessa época e mesmo nesses álbuns mais progressivos, como "Thick as a brick", "Ministrel in the Gallery" ou "A Passion Play", mostraram-se originais e fieís a suas raízes folk.

Dezenas de bandas surgiram em outros países além da Inglaterra. As cenas mais ricas são com certeza as da Alemanha e Itália. Mas também podemos destacar Japão, EUA, Brasil e Canadá como expoentes do rock progressivo. Só que eu deixarei para o próximo capítulo dessa saga progressiva.

Ainda temos muito o que ver... e olha que eu estou sendo superficial...

Tópicos que ainda vou explorar:

- Progressivo fora da Inglaterra
- Metal Progressivo e Neo-Progressivo
- R.I.O., Cantebury, Krautrock e outras cenas diferentes
- Conceito e definições de rock progressivo
- Bandas que não são de rock progressivo, mas que fazem rock progressivo

Existem outras coisas a ser abordadas.

Limbo Musical: Rock progressivo

Rock Progressivo - Capítulo II: Da psicodélica ao período clássico.

Depois que bandas como The Beatles, The Who e Rolling Stones, começaram a fazer experimentos musicais, seja com instrumentos indianos, instrumentos de sopro e outros diferenciados do rock and roll, colagens musicais, efeitos inusitados, inversão musical (os famosos "backmasking", que muitas vezes continham até mesmo mensagens subliminares), entre outros elementos estranhos ao rock mais clássico, a musicalidade mudou. Não bastava apenas fazer música por diversão. Era tudo cultura, ou contra-cultura, dependendo do ponto de vista.

Durante essa época surgiram várias bandas que romperam com a estética padrão da arte.
Os nomes mais destacados desse período, que ficou conhecido como psicodelismo, foram The Doors, Velvet Underground, Pink Floyd, Jefferson Airplane, Ten Years After, os próprios Beatles entre outros. Numa época em que o "flower power" (a moda hippie e toda a cultura de paz e amor) estava em alta, um som "viajado", com letras ácidas, filosóficas, abstratas e instrumentais que iam do blues ao experimental, mostrando forte influência de drogas alucinógenas, como lsd, era uma forma de tentar expandir a mente dos músicos.

Essas bandas ainda não praticavam o rock progressivo como o definimos hoje, entretanto para tudo existe um princípio, e esse período de rock psicodélico, também muitas vezes chamado de proto-prog, é o cerne do que viria a ser o derradeiro rock progressivo da década de setenta.

Fica difícil definir quando o rock progressivo passou a ser progressivo por definição, assim como é difícil identificar qual foi o disco ou banda que originou o heavy metal, ou qual foi o primeiro disco de rock progressivo, como já foi abordado aqui no blog. O que acontece são divergências de opiniões e diferentes conceitos sobre o que é música progressiva. Entretanto, há esse período de transição do psicodélico para o progressivo, e a banda que mais se destaca foi o Pink Floyd. Justamente por ser a banda mais popular de prog rock de todos os tempos, será usada como modelo para muitas idéias a partir de agora.

Vejam só, o primeiro disco do P.Floyd, "The Piper at the gates of dawn", lançado em 1967, quase juntinho com o superestimado "Sgt.Peppers" do The Beatles, e com o subestimado "Days of a future past" do Moody Blues.
Psicodelia pura. Nem dá pra dizer que esse disco do Pink Floyd é rock progressivo (principalmente se comparado a sonoridade adotada pela banda alguns anos depois). Mas de qualquer maneira é um disco de rock progressivo. Psicodélico sim, progressivo, possivelmente. Acontece que na época, Syd Barrett, vocal e guitarra, era o principal compositor e "líder" da banda. Sua personalidade singular e seu alto uso de alucinógenos, influenciava diretamente a banda. Quando ele largou o grupo e David Gilmour assumiu seu papel, o grupo redirecionou sua sonoridade progressivamente, mudando suas estruturas musicais diretamente para Gilmour e Roger Waters (vocal e baixo).

Mas será que foi apenas a mudança de guitarrista que mudou o direcionamento musical da banda? Provavelmente foi um fator marcante, porém existem outras questões, como introsamento dos músicos, novas formas de pensar, novas influências, novo cenário musical, enfim.

Outra banda que teve papel importante nesse período transitório é o The Nice.
Uma banda que não teve tanto destaque quanto outras, mas que revelaria um dos maiores nomes do rock progressivo, Keith Emerson, que alguns anos depois fundaria o mega grupo, Emerson Lake and Palmer.
The Nice foi um grupo britânico que fez a transição do piscodelismo proto-prog para o rock progressivo de modo natural e perfeito.

Enfim, esse capítulo poderia até render mais algumas linhas, entretanto irei me abster por enquanto, guardando mais informações para o terceiro capítulo.

Próximo capítulo: Rock progressivo: Capítulo III: Os anos dourados do rock progressivo

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Osama Bin Laden, Barack Obama, Estados Unidos da América e toda a verdade (ou não) sobre a CONSPIRAÇÃO! (ou não)





Barack Obama, Bin Laden e a guerra ao terror: Um questionamento válido


Olá meus amigos, o mundo está em polvorosa com a notícia da morte do terrorista Osama Bin Laden. Venho com este artigo tentar levantar alguns pontos sobre Osama Bin Laden, Barack Obama, a guerra ao terror, hipocrisia e a história norte-americana.
Em primeiro lugar, gostaria de deixar claro que o que vou postar é apenas um monte de informações coletadas na internet, questionamentos meus, de outros, pensamentos e criticas etc... Nada que tenha valor didático ou educacional, nada para se calcar em estudos. Apenas um assunto interessante que resolvi comentar.


Bom, domingo dia 01 de maio, dia do trabalho... Feriado em pleno domingão, ninguém merece, certo? Então, ai que me deparo com uma notícia. O terrorista temido por todos, o bicho papão dos EUA, o carrasco do onze de setembro, Osama Bin Laden, está morto!

Bom, segundo as fontes oficiais norte-americanas, ele foi morto em combate, durante uma ação das tropas dos Estados Unidos da América, levou dois tiros, um na cabeça, outro no peito. Seu corpo? Foi jogado no mar. Fotos de seu corpo? Uma veio a tona em uma rede de tv paquistanesa. Falsa, segundo o jornal inglês “The Guardian”. Uma foto dele de 1998, “fotoshopizada” com uma foto de algum caboclo morto. O link dessa matéria é esse:

http://www.midiamax.com/Mundo/noticias/751698-imagem+bin+laden+morto+uma+farsa+revela+jornal+ingles.html

E existe outro fato interessante. Os EUA enfrentam sua pior crise econômica desde a quebra da bolsa de 29. Barack Obama não estava tão popular e parecia que não era tudo aquilo que todos esperaram. Veio bem a calhar essa notícia do mais procurado criminoso internacional. Barack agora voltou a ter uma popularidade muito grande.
Bom, não achem que estou tendo ideias conspiratórias sobre esse assunto.
Hmm... Quem sabe, pode ser. Achei um site, com um artigo interessante...

http://www.inacreditavel.com.br/novo/mostrar_artigo.asp?id=517

O site contém um artigo bem escrito e com informações interessantes, dizendo que Osama Bin Laden morreu há muito tempo, há quase 10 anos. Não vou dissertar e colocar várias evidências, tecer uma tese, e tudo mais, pois esse nem é meu objetivo. Apenas estou indicando essa leitura que é muito válida.


Enfim... Por que duvidar dos EUA? A nação mais poderosa e soberana de todo o mundo?
E pergunto, por que acreditar? Barack Obama está no poder, seu mandato está quase acabando, o cara ganhou um Nobel da paz, sendo que ele continuou com a ocupação no oriente médio, além de mandar reforços. Não sou contra o Obama, simpatizo muito mais com ele do que com o orelhudo do George Bush, filhinho do George Bush papai.
Porém, temos que entender, essa notícia veio em boa hora. Com a crise econômica, a popularidade em baixa, sendo a morte do Bin Laden parte da única promessa de campanha que o Barack conseguiu cumprir.

E só por isso o cara sai como herói. Bom, tudo bem, Bin Laden foi um homem cruel, fanático e alucinado em suas ideias. Trouxe milhares de mortes lá nos EUA. (Um adendo, no último link que postei nesse artigo, há o questionamento sobre Osama Bin Laden não ter nada a ver com o atentado as torres gêmeas, mas eu estou apenas tomando parte da maioria que acredita que ele foi o responsável, apenas para não desviar o foco)
Agora... E os próprios Estados Unidos da América? Defensores da liberdade, igualdade, fraternidade, ideais herdados da revolução francesa. Eles sim são os grandes carrascos, calhordas e ditadores do século XX.

Primeiro, lucrando rios de dinheiro em vendas de armamentos e suprimentos na primeira guerra mundial. Repetiriam isso na segunda guerra. Desenvolvimento da bomba nuclear, que aniquilaria duas cidades japonesas, Hiroshima e Nagasaki, matando milhares de inocentes civis. Pessoas que nada tiveram a ver com os ataques a Pearl Harbor. A guerra do Vietnã, ataques com bombas napalm, desfolhando florestas, deformando soldados, civis, crianças...
Sem contar qualquer outra guerra ou conflito que os EUA tenham se envolvido.
Hitler foi maligno, Stalin foi cruel, Mussolini foi terrível. Bush, Roosevelt, Reagan e Cia foram MONSTROS...

Mas enfim, cada um com seus heróis. Eu sou mais os japoneses mesmo. Ultraseven venha nos ajudar, por favor! Ou até mesmo os latinos. E agora? Quem poderá me defender? EUUU! O CHAPOLIN COLORADO!

Enfim... Sem mais delongas, decurtas e devaneios, quero deixar vocês com a pulga atrás da orelha. Bin Laden morreu ou não morreu. Se ele morreu, Barack Obama virou o melhor presidente de toda a história dos EUA? Se ele vive, Barack vai ser considerado uma farsa como presidente? O que acham? Vamos polemizar.

Só espero que o Schawznegger não me decepcione quando for eleito presidente!




HASTA LA VISTA! BABY!