terça-feira, 17 de setembro de 2013

Top 10 - Games Favoritos dessa geração


       E aí galerinha? Tudo em riba? Depois de um limbo infernal (quase um ano) sem postar nada no blog, eu estou de volta. E falando de coisas que (supostamente) vocês gostam. GAMES! 

      Só pra continuar falando de games  (estava falando de games antigos em outro "tópico"do facebook), vou fazer um top 10 dos games que mais curto da geração atual (Xbox 360 e PC, não tenho PS3 para dizer):


10 - Dead Island 


    Não sou extremamente fã de games de zumbi, tanto que mal joguei os que foram lançados. Acho que muitos irão perguntar: Dead Island? Por que não Left For Dead ou aquele do shopping (esqueci o nome rsrsr)... Pq esse foi o único que joguei dessa geração. Joguei RE Operation Racoon City tb, mas esse é um game de tiro, pura e simplesmente. Não que DI não seja um game de tiro, mas ainda tem o lance da exploração. Ele tem diversos defeitos, pois sim... Mas no geral... Não são tão ruins que influenciam na experiência geral. Personagens pouco envolventes, enredo limitado que serve apenas de fio condutor para a ação, gráficos bonitos que ficam embaçados as vezes (devido a "baixa" capacidade gráfica dos consoles).... Ah sim, pode ser...tem o lance das missões serem meio repetitivas (vá a tal lugar buscar sobreviventes, me arrume tal coisa, salve fulano, mate ciclano, etc...), mas o que importa num game de zumbis? MATAR ZUMBIS! E isso você vai fazer pra caramba. O lance de armas improvisadas e muito legal também! Afinal, você está em uma ilha com um resort... não em uma base militar! rsrsrs 


9 - Kingdoms of Amalur: Reckoning

     Pra quem curte um bom game de ação, com mecânicas de rpg (armas e armaduras para comprar, melhorar níveis, classes de personagem - você pode customizar a vontade, itens, exploração, mapa aberto, missões, etc...) recomendo e MUITO! É como se fosse um skyrim (atenção, em KOA:R, as missões tem fim) com lutas a lá "God of war"(coloquei entre aspas pq se assemelha, mas é diferente) e gráficos mais coloridos e caricatos (estilo Dragon Age?  talvez, mas com menos "apelo sexual"). Pra quem acha Skyrim muito "travado" nas lutas, recomendo KOA:R.


8 - Dead Space 



    O primeiro Dead Space trouxe aquele clima tenebroso e amedrontador que os primeiros Resident Evil's tinham. O segundo se manteve assim e o terceiro é um ótimo jogo de tiro, mas lembra demais as mecânicas de Gears of War e Lost Planet (o que não é ruim, mas se perde um pouco da origem da série). Quem curte games de terror essa é a pedida, ainda mais para quem curte jogos de ficção cientifica. O Personagem principal, Isaac, um protagonista mudo tem mais personalidade que alguns falantes bobões que vemos por aí. E cuidado, recursos escassos (munição é raro! Lembra RE de novo)e muitos, mas muitos zumbis (na verdade não são...exatamente zumbis, mas uma raça de aliens "mortos-vivos", que na verdade estão vivos, se decompõe e possuem outras raças, muito estranho)...e muitos sustos. Jogo do tipo "escuridão" e revira-voltas/teoria da conspiração/fim dahora/filhadaputa.  E só pra mencionar os gráficos (Já que estive presente em uma discussão sobre o assunto, são maravilhosos... )



7 - Deus Ex: Evolution 


    O Deus Ex: Machina, pode até ser um game com história melhor, mas não cabe aqui pois é de outra geração. Contudo seu sucessor (embora não seja tão brilhante quanto o anterior) consegue se manter no posto de um dos melhores games da geração atual. Um dos trunfos desse game é ser um dos únicos games stealth (atualmente vemos milhares de games que se dizem stealth, mas na verdade não são porra nenhuma, quem não sabe o que é stealth, sugiro o google tradutor, rsrs, zuera, stealth é... ) que promete o que cumpre. Você pode passar o game todo sem dar um único tiro (exceto no tutorial) ou matar ninguém. Bem à lá Metal Gear (não coloquei nenhum MG pois não joguei nenhum dessa geração, a não ser os remakes da coletânea HD, mas esses não contam né?). A história se passa num futuro onde seres humanos recebem implantes biônicos e isso gera manifestos contrários de algumas partes da sociedade. O game tem uma ótima temática e mexe com temas fortes como posicionamento ético, social e ideológico. Uma pena que a campanha é relativamente curta (acho que umas 6 ou 7 horas você mata o game, para o estilo acho que caberiam umas 10, 11 horas, numa boa).


6 - Dishonored


    Gráficos caricatos em uma Inglaterra Steampunk. Só isso já é pra considerar um game foda. E além do mais, o jogo é bom, bom pra caramba. Assim como Deus EX: Evolution, o Dishonored promete ser stealth e cumpre a promessa. Além de você poder escolher se vai ser um cara furtivo e das sombras (recompensa em termos de história e facilidade pra jogar, mas exige mais planejamento e cautela, e possivelmente mais horas de jogo) ou se vai dar uma de rambo vitoriano e tocar o puteiro, matando todo mundo (lembrando de uma coisa, tocar o puteiro leva direto pro final "ruim" do jogo, mas mesmo o final ruim pode ser bom...acho que é né, rsrs). E o personagem principal se chama Corvo! Po, foda. Um inglês chamado Corvo é foda. 


5 - Fallout: New Vegas 


    Um game foda, foda e foda. Se alie a alguma facção (NCR, Caesar's Legion, The Yes Man ou Mr.House) e lute pela sobrevivência, conquista e dominação de New Vegas, uma Las Vegas que lembra a década de 50 e 60, mas totalmente devastada (à lá mad max) por uma guerra nuclear. O jogo segue a linha de Skyrim (Cria o personagem, ganha level's, sobe status, fabrica munição, compra armas e roupas/armaduras, ganha companions..ganha perks, etc...) na jogabilidade e gráficos (um pouco mais leves e menos bonitos). Um dos games mais divertidos de todos os tempos. Lembrando que nele a reputação é individual, ao contrário do Skyrim, no qual você ganha reputação geral... é mais fácil jogar pra entender. Bom game!

4 - Batman: Arkham City 

      Depois do hiper game que é Arkham Asylum fomos presenteados com o ULTRA HIPER MEGA GAME que é Arkham City. Batman, em sua melhor forma nos games, precisa impedir um plano zuerão do Coringa. As missões são fodas. Você pode sair na porrada, pegar na emboscada, planejar, zuar... Agir da maneira que quiser e como bem entender. O game é mundo livre, mas há um certo padrão para seguir nas missões (história principal) e as quests secundárias são mais livres. O mapa é gigante e o game é sensacional. Sem mais.


3 -Mass Effect II 


      O primeiro Mass Effect é ótimo. O terceiro é bom (poderia ter sido melhor). Mas o segundo, obra prima. Um game que faz você querer jogar...jogar...e jogar mais! Cada vez que você joga... Um rumo diferente. Seja Paragon, Renegade... Seja Sheppard Homem ou Sheppard mulher... Tenha relacionamentos com seus colegas... Salve as pessoas ou deixe elas se ferrarem... e tudo com consequências na trama e no futuro do game (tudo bem que o terceiro deu umas burladas nisso...)... Sensacional, sensacional! Sem mais! Ah sim...os gráficos? Pra época (oh, faz tanto tempo... 2009 ou 2010?kkkkkkkkkkkkk Ah, mas 4 ou 5 anos é um certo tempo né? Ao menos para o mundo da tecnologia)...

2 - Skyrim (The Elders Scroll V)

      Uma das melhores séries de rpg dos últimos tempos (é antiga na verdade, Arena - TES I - Data de 1994). No PC os gráficos são deslumbrantes, maravilhosos (se você tiver uma boa máquina para tal, de preferência um CPU com mais de 2 GHz, 4Gbyte de ram e uma placa de vídeo com, no mínimo, uns 512 Mega... Agora, pra rodar foda, recomendo um Quad core ou gpu fodona e uns 2 gb de ram... Aí roda que é uma beleza. Mas, nem tudo são gráficos, o jogo é muito gratificante. A história principal é razoável, nada demais... O cara nasceu pra salvar o mundo, é herdeiro de uma força misteriosa e dragões estão de volta pra matar "tutu munto".... Você deve impedi-los! Clichê? Talvez. Agora, a quantidade de histórias, dentro dessa história e de quests (infinitas, muitas são geradas aleatoriamente pelos NPC's) é enorme (Infinita?  As histórias não, mas quests "terciárias" sim)... E as sagas (da Guilda dos ladrões, dos companions, da universidade de winterhold, da dark brotherhood, etc...) são ótimas histórias que complementam o enredo principal, transformando Skyrim num verdadeiro livro de contos que se entrelaçam de maneira maravilhosa. Sem contar a mitologia da série, que é uma das mais ricas e interessantes. A gente tem vontade de ler os livros ao invés de jogar (não sempre né... só durante o intervalo de uma missão e outra)...enfim, chega de rasgar seda pra bethesda. 


1 - Red Dead Redemption 


       O mesmo motor gráfico e jogabilidade de GTA IV (acho que melhoraram um pouco a jogabilidade e deram uma polida no gráfico), incluindo os mesmos bugs rsrsrsrs 
História... Maravilhosa, uma das melhores e mais envolventes, não só dos últimos tempos, mas também de todos... Para quem curte: Sandbox/Open world (mundo livre), missões que precisam de um ... certo "planejamento" (outras que é chumbo pra todo lado e muita adrenalina) e temática de velho oeste, recomendo demais. Melhor jogo dos últimos 10 anos, na minha singela opinião. 


Menção honrosa: BIOSHOCK


    Embora o Bioshock Infinity (seria o terceiro da série) lembre bastante o Dishonored (sem o modo stealth) temos uma trilogia impecável em termos de história e jogabilidade. Só não coloquei aqui pois não joguei o segundo game da série. Erro que irei me redimir futuramente.

Bom, por enquanto é isso. Volto em breve com mais novidades (ou velharias) e prometo que não me ausentarei por um ano novamente.

quinta-feira, 23 de maio de 2013

A Ascensão e a Queda: Titãs

Titãs... ainda do Iê Iê?


                        A melhor banda de todos os tempos da última semana

Olá meus caros, tudo em riba? Por aqui, tudo bem também. Enfim, hoje começo uma nova coluna. A ideia para essa coluna surgiu de um amigo, Vitor Caricati. Sua sugestão, a principio, foi traçar a trajetória da banda Angra, importante conjunto do metal “brasuca”, porém, que já não anda bem das pernas. Bom, não falarei deles nesse momento (mas fica tranquilo Vitor, vou falar deles e de um monte de gente), contudo outra banda será exposta aqui. Falo dos Titãs. Uma das bandas nacionais que mais gosto, mas que infelizmente não passam de uma sombra do que já foram. Bom, sem mais delongas, decurtas ou demédias (nossa, desculpem a piada infame, que coisa horrível), vamos ao assunto em questão: Titãs.

Formada em São Paulo no ano de 1982, a banda contava com vários integrantes, sim, vários.  Arnaldo Antunes, Branco Mello, Marcelo Fromer, Nando Reis, Paulo Miklos, Sérgio Britto, Tony Belloto, Ciro Pessoa e André Jung. Nove integrantes, seis deles... Vocalistas. Era gente, e egos, pra caramba. O nome original era Titãs do Iê Iê, nome que a meu ver é totalmente ridículo. Desculpem, mas é horrível. Ainda bem que a WEA (gravadora deles na época) os obrigou a tirar esse “Iê Iê” tosco. Lançaram então o disco Titãs, sem Ciro Pessoa, que sabe-se lá porque raios ele saiu. O disco era chato. Bom, se você gosta de new-wave... Bandas estilo B52’s e outras “besteirinhas” oitentistas, se sinta em casa. Agora, alguns clássicos saíram desse disco... “Sonífera Ilha” (que foi grande sucesso), e uma das poucas músicas memoráveis do disco, “Marvin”, que seria um grande sucesso em uma versão lançada alguns anos depois.  Essa versão em particular é um reggaezinho bem simples. Outro clássico da banda, “Go Back” é desse disco, porém em uma versão bem fraca. A verdade é que nesse álbum a banda parecia perdida. Misturava new-wave com rock bobo e reggae (não, não era um reggae “de branco” bom como o The Police). Ficava algo fraco e sem naturalidade. Em 1984 chutaram o André Jung da banda, que muito “xatiadu” foi para o Ira!, sendo muito bem recebido lá. Então, estavam sem baterista. Fácil, “vamos deixar o Paulo Ricardo puto com a gente”. Charles Gavin estava ensaiando com o RPM na época e foi chamado para integrar os Titãs. Ele aceitou e o plano de “emputecer” o Paulo Ricardo foi um sucesso! Em 1985 saiu o disco “Televisão”. A idéia era que cada faixa fosse um canal de televisão. O que não deu muito certo. As composições eram um pouco melhores, mais naturais, porém ainda faltava algo. A música “Pra dizer adeus” não foi sucesso nessa versão reggae (Nando Reis adorava Reggae na época, hein?), mas viraria hit no acústico, anos depois. “Não vou me adaptar” e “Insensível” são alguns destaques, virariam clássicos. Os destaques, a meu ver, ficam para “Massacre”, que é a primeira canção mais “punk” ou “metal” do Titãs, e “Pavimentação”, uma música mais “experimental”. Na verdade a versão “boa” é do cd ao vivo “Go Back”, de 1988, mas isso eu vou abordar logo mais.   

Enfim, os Titãs estavam fazendo relativo sucesso, modesto, nada muito grandioso, mas era um começo. Eles iam programa do Chacrinha (jovens, ele era um gordo maluco que apresentava um programa de auditório, tipo o Faustão, só que melhor, só pra quem não conhece e não é dá época...eu mesmo, mal me lembro dele) e eram vistos como bons moços malucos, mais ou menos os “Beatles” do Brasil, só que não. Na verdade eles eram os Rolling Stones (salvo as proporções) brasucas, os “bad boys”. Tony Belloto (Marido da Mallu Mader e guitarrista) e Arnaldo Antunes (maluco que deveria estar num hospício) foram presos por porte (Tony) e porte e tráfico (Arnaldo). Vish... Acabou a inocência. As rádios e a televisão começaram a boicotar os Titãs. Mas isso foi até bom. Em 1986 foi lançado o disco que faria com que eles mudassem seu estigma e se tornassem roqueiros de verdade.
        
Emblemático, pesado, sujo, violento, irreverente e desrespeitoso. Todos são elogios para esse que, por muitos, é considero o melhor disco da banda e talvez de todo o rock brasileiro. “Cabeça Dinossauro”. A Capa já mostra uma imagem que fica na mente. Um desenho de Leonardo DaVinci, “A expressão de um homem urrando”. 
Capa do mitológico Cabeça Dinossauro
O conteúdo? Agressivo. A pegada instrumental Punk se misturava ao funk e ao rock clássico. Das 13 canções, pelo menos 8 se tornaram clássicos. “Polícia”, “Igreja”, “Estado Violência” e “Família” atacavam as principais instituições da sociedade. Outras canções como “Bichos Escrotos”, “Homem Primata”, “Porrada”, “AA UU” e “Cabeça Dinossauro”, mostravam que os Titãs não eram mais uma banda que estava para brincadeira. Agora a coisa era séria e eles queriam mesmo era causar. Naquele momento as rádios e redes de televisão ainda boicotavam o grupo. Os primeiros shows da turnê do “Cabeça” foram modestos, pouquíssimas pessoas. Contudo o marketing espontâneo (ora, prisão, boicote, vish... rende o que falar) começou a funcionar e em pouco tempo o grupo lotava shows.  
Ah, os anos 80.
Em 1987 a banda Titãs era a maior do Brasil, não tinha pra ninguém. E nesse ano sai um disco bem experimental, que eu particularmente considero tão bom quanto o antecessor, “Jesus não tem dentes no país dos banguelas”. Ao invés de lado A e B, lado J e T. É, para que não se ouvisse apenas as canções “de sucesso”.  O Primeiro lado do disco é mais “experimental”, com bastante instrumentação eletrônica. Destaque para as faixas “Comida”, “Corações e Mentes” e “Diversão”. O Segundo lado do Disco é mais voltado ao peso! “Jesus Não tem Dentes”, “Armas Para Lutar”, “Desordem”, “Lugar Nenhum” e “Nome aos bois” são os grandes destaques. Depois de dois grandes discos o grupo lançou um ao vivo em 1988. “Go Back” foi gravado em Montreux na Suiça, no Festival de Jazz, na noite do rock. E que disco. Uma excelente seleção de faixas. Além dos grandes clássicos dos dois últimos discos, roupagem para os, que se tornariam nesse momento, sucessos “Marvin”, “Go Back”, “Pavimentação” e  “Não vou me adaptar”. Essa versão de “Pavimentação” inclusive é uma das músicas que mais curto dos Titãs. Sensacional, vou até ver se acho algum vídeo para deixar pra vocês no final do post. Enfim. O sucesso ia de vento em poupa, ah maravilha, que beleza. 
Em 1989 sai o disco “Õ Blésq Blom”. O que raios quer dizer “Õ Blésq Blom”? Sei lá, segundo um blog que eu achei por aí, esse aqui: http://blesqbom.blogspot.com.br/2010/02/por-que-blesqbom.html (ae, to te divulgando, não me processe! Há há há há... ) é algo do tipo:  “Os primeiros homens que andaram sobre a terra". Enfim. Esse disco mostra um Titãs ainda mais experimental, misturando sonoridades e influências. Não é o tipo de coisa que mais me atrai em uma banda, ou disco, contudo, acho muito válido e interessante. Conta pontos no fator “relevância artística”. Só não pode ficar ruim que nem o “African Child” do Aldous Snow... Há há, eu sei. Ele não existe, é só um personagem de filme, mas quem conhece me entende. Enfim. Ficção por ficção melhor ficar com Spinal Tap (Vai um bônus no fim do post, em algum outro momento post algo sobre eles, imperdível!). Mas e aí? E esse disco? Sim, tem canções memoráveis. Os repentistas Mauro e Quitéria (sei lá quem são) fazem participação, inclusive tendo a introdução do disco com seus respectivos nomes. “Miséria”, “Deus e o Diabo”, “O Pulso”, “32 Dentes” e “Flores”. Esses são os grandes destaques do disco. Não que as outras canções sejam ruins, muito pelo contrário, mas essas, em especial, são melhores. Mas e aí? E depois disso? Depois veio o escatológico, sujo, sem vergonha e bruto “Tudo ao mesmo tempo agora” em 1991. Minha opinião a cerca desse disco é meio estranha (assim como esse disco). Eu gosto muito desse disco, mas ele é bem estranho mesmo. Com certeza é o disco mais “vulgar” do Titãs. Algumas letras como “Isso para mim é perfume” deixariam os Raimundos, ou até mesmo alguns grupos acostumados a falar palavrões, com vergonha.   Olha só “Amor, eu te ver cagar”. Segundo Nando Reis, autor da canção, é sobre a intimidade de um casal. Lindo! “Saia de mim” é a mais famosa do disco, talvez seu único “sucesso”. Pra dizer a verdade esse disco marcou uma fase meio esquecida dos Titãs. Aí, em 1993 eles convidaram o produtor Jack Endino, que produziu discos de grunge de bandas como Mudhoney e Soundgarden, além do “Bleach” do Nirvana. Esse disco, que é um dos meus favoritos, também marcou a saída do Arnaldo Antunes (Vish, foi tarde, vai embora cara xarope, vai cantar com a Marisa Monte e com o Carlinhos Brown, credo)... Talvez por isso goste tanto do disco. HáHá. Não, “Titanomaquia” foi o último grande disco de rock pesado do Titãs.  Ainda teríamos o álbum “Domingo” de 1995. Que é um excelente disco, contudo... CONTUDO... Não tem aquela pegada visceral da época 1986 – 1994. Os grandes destaques dessa fase final do período de ouro dos Titãs são: “Será que é isso que eu necessito”, “Hereditário”, “A verdadeira Marry Poppins”, “Disneylândia”, “Nem Sempre se pode ser Deus”, “Dissertação do Papa sobre crime seguida de orgia”, “Domingo”, “Taxidermia”, “Eu Não Aguento”, “Eu Não vou dizer nada”, de ambos os discos citados.
               Depois disso, o que aconteceu? Eles gravaram um acústico Mtv. Há Há. Pior de tudo, participação da Marisa Monte?Mataram as flores de plástico! Quem disse que elas não morrem? Hein, Branco? Foi você BRANCO MELLO? Ah cara, vai cagar, ops, desculpem o palavreado chulo...vai defecar. Olha, depois disso o que o Titãs fez de bom? Volume dois? Poxa vida, viraram 7 senhores, 7 Roberto Carlos... Afinal “É Preciso Saber viver”. Ou não? Aí eles me lançam em 1999 o disco “As Dez Mais”, que me dá vontade de vomitar 10 vezes. Arruinaram “Aluga-se” do Raul Seixas, deixando ela festiva demais, com muita cara de festinha de adolescente idiota... “Pelados em Santos”, a já manjada música dos mamonas assassinas, que já não era, artisticamente falando, “grandes merda”, mas ao menos era engraçada e relevante, de um ponto de vista humorístico e até certo ponto roqueiro, virou uma babaquice acústica de mau gosto. “Cíumes” do Ultraje A Rigor foi um pouco encoxada também. As que se salvaram? “Circo de Feras” do Xutos e Pontapés (banda lusitana que os Titãs andam de mãos dadas) e “Fuga Nº2” dos Mutantes, essas duas se salvaram. Enfim... Quando achávamos que estava tudo perdido, eles lançam o disco “A melhor banda de todos os tempos da última semana”. E conseguiram resgatar, até certo ponto, aquilo que eles haviam perdido em 1997, no fatídico disco acústico. Não que seja um disco maravilhoso, mas é aceitável. Lógico, não há mais aquela fúria maravilhosa do “Tudo ao mesmo tempo”, “Cabeça”, “Titanomaquia” ou “Jesus”, nem mesmo o experimentalismo do “Blesq Blom”, mas ao menos não foi mais um “Volume II” ou “As 10 mais”, vish. 
Depois dessa fase vieram as músicas das novelas. Ah, essas baladas como “Epitáfio”, “Enquanto houver Sol” e “Isso” (Essa “isso”, que estranho que ficou, é uma que realmente gosto, acho boa... “Enquanto houver sol”, não).  O próximo disco foi um soco no meu rim... “Como vão vocês” (que tem essa “Enquanto houver sol”) é chato, chato e mais chato. Mas lógico, é minha opinião, quem sou eu pra ficar querendo ter a verdade? He He He... Mas é a verdade, é muito chato. E o último “Sacos Plásticos” de 2009 segue na mesma linha. Chato, chato, chato. Tudo soa artificial. Não me empolgo de falar de uma faixa sequer. 
Titãs em 2013... só sobraram 4? Vish...
Cara... Vocês podem perceber, quando estava escrevendo sobre os anos oitenta e começo dos anos noventa, escrevi pra caramba... Foi só chegar nessa parte que não rendeu mais. É que não dá vontade de escrever sobre algo que virou uma caricatura de si mesmo. Titãs, infelizmente vocês já foram melhores. Mas uma coisa eu não posso negar. Em 2010 (ou 2011, agora não me lembro) vi um show de vocês aqui em Bauru-SP (Tecnicamente estou em Piratininga agora, mas ta valendo), junto com os Paralamas... E vocês foram demais. O show está ótimo. Só toquem mais músicas do Titanomaquia , Do Jesus e do Tudo ao mesmo tempo, POR FAVOR CARALHAMBA! Nossa, caralhamba... hhahahahah Um abraço e tchau! Fiquem com alguns vídeos!     

 Pavimentação - Ao vivo em Montreux
Nome Aos Bois - Sesc Pompeia
  Cabeça Dinossauro 
                                                                 Marvin

VÍDEO BÔNUS:
 

SPINAL TAP - Como eu tinha prometido, alguns trechos dessa verdadeira-falsa banda de rock.







sexta-feira, 10 de maio de 2013

Limbo Musical: Thin Lizzy


LIMBO MUSICAL: THIN LIZZY - A banda do filho do brasileiro, que na verdade não era brasileiro...

                Olá meus amigos. Como vão? Estou de volta com meu blog. Meses sem nenhuma postagem, que absurdo, que vergonha. Mas agora voltei, e com algumas novidades. Pra começar, uma coisa que não é tão nova assim, Limbo Musical... E outra coisa... Essa sim, mais nova e também sugestão da minha esposa, comentar sobre curiosidades... Curiosidades curiosas para curiosos... Exato. Bom, vamos voltar à coluna Limbo Musical. Nesse retorno irei falar de uma banda que é altamente influente, tem bastante renome e quem conhece, geralmente, gosta. Dificilmente ouvi comentários ruins sobre ela. Falo do Thin Lizzy.  A maior banda de rock da Irlanda (U2?agahhahahah! Por favor, não me venham com churumelas!).
                A banda foi formanda em 1969 e em sua primeira formação contava com Phyl Lynott, esse é o tal filho de brasileiro, que não é brasileiro (Mas na verdade da Guiana britânica, depois explico melhor) que me referi no título, como baixista e vocal da banda.  Eric Bell, Eric Wrixon, Brian Downey eram respectivamente guitarrista, tecladista e baterista.  Em 1970 lançaram um single “The Farmer/I Need you” e no ano seguinte gravaram seu primeiro disco, auto-intitulado.  No ano de 1972 fizeram uma lucrativa turnê com o Slade e a Suzi Quatro, e sua gravadora lançou o single “Whiskey in the Jar”, uma versão de uma música folclórica irlandesa muito popular (é, aquela mesma música gravada pelo metallica). Phil Lynott, assim como o resto da banda, achou que aquela canção não representava o verdadeiro estilo, contudo foi um grande sucesso na Irlanda e principalmente fora do país, fazendo o Thin Lizzy ficar conhecido. Os discos e os anos seguintes foram bons e ruins. Bons pela qualidade das gravações, alguns discos clássicos como “Vagabonds of the Western world”  de 1973 e “Nightlife” de 1974, ficam na memória como pérolas esquecidas. Contudo a banda sofreu diversas mudanças. Eric Bell saiu, a banda não conseguia mais emplacar um hit, fazendo perder popularidade fora da Irlanda...  Mas isso mudou a partir de 1975 com o disco “Fighting” e posteriormente, talvez o mais conhecido disco deles, “Jailbreak” de 1976. No mesmo ano saiu “Johnny The Fox” e em 1977 “Bad Reputation”. Esses quatro albuns são considerados os maiores clássicos do grupo, sendo também considerada a fase “clássica” da banda.  Em 1978 vemos o lançamento do disco ao vivo “Live and Dangerous”, considerado por muitos um dos melhores (talvez o melhor?) disco ao vivo de todos os tempos, ao menos até então.  Há controvérsias, alguns dizem ser repleto de overdubs (regravações ou correções feitas em estúdio) e que as únicas partes, realmente “ao vivo” são a bateria e a platéia... Contudo, é um excelente disco que representa muito bem a banda até então.  Entretanto começam as grandes discordias, o relacionamento de Phil Lynott e do guitarrista Brian Robertson chega a níveis insuportáveis e o Robertson abandona a banda. Gary Moore, que já havia tocado com o Thin Lizzy em meados da década de 70, volta ao grupo, grava o disco “Black Rose – A Rock Legend”, faz alguns shows e sai novamente em 1979, procurando seguir sua bem sucedida carreira solo.
A partir desse momento a banda começou a capengar cada vez mais. “Chinatown” de 1980 e “Renegade” de 1981, não foram grandes sucessos, aliás, eles não estavam mais conseguindo chegar no Top 100 das paradas dos E.U.A. Sua dedicação começou a voltar-se mais para os mercados da Europa e do Japão, que naquele período estavam mais receptíveis ao tipo de sonoridade do Thin Lizzy. Phil Lynott também estava muito dedicado à sua carreira solo, lançando seu segundo disco em 1982. Não havia muita esperança para o Thin Lizzy, até que em 1983 Phil chamou John Sykes, ex-guitarrista da banda britânica de heavy metal, Tygers of Pan Tang, para tocar no Thin Lizzy. E aí sim a banda teve um rejuvenescimento. A influência de Sykes trouxe peso e nova vitalidade à banda, se aproximando muito do heavy metal.  Parecia a volta triunfal da banda, contudo eles anunciam seu final no mesmo ano, gravando inclusive um disco de despedida com vários membros antigos. Aí o que aconteceu depois?  Lynott começou a fazer alguns projetos, como o Grand Slam, junto com o ex-baterista do Thin Lizzy, Brian Downey. Fez turnê junto com Gary Moore em 1985, mesmo já estando doente. Doente? Doente de quê? Das “dorgas”. Sim, ele estava inchado e se drogando feito um maluco. O que é uma lástima, visto que Phil Lynott era um poço de talento e criatividade, o cara jogou tudo fora e morreu de overdose em 1986.
Em 1996, dez anos após a morte de Phil Lynott, John Sykes retorna com o Thin Lizzy e seus principais músicos. Não gravam nenhum disco, apenas fazem turnês tocando os clássicos do grupo e homenageando Lynott. Muitos criticaram esse retorno, devido à ausência de Phil. Mas isso é besteira. A homenagem dura até hoje. Sykes saiu em 2010 Sykes saiu e Vivian Campbell, ex-guitarrista do Dio, Whitesnake e  Def Leppard, entrou em seu lugar.
                 O Grupo continua fazendo essa bela homenagem e mesmo que sem Lynott, e sem gravar material novo, é muito legal ver as antigas canções em nova roupagem.   Agora fiquem com algumas curiosidades sobre o grupo:

- Em 1978 Thin Lizzy e Sex Pistols se juntaram e lançaram um disco chamado “The Greedies”  (Os Gananciosos) . Misturando as músicas das duas bandas (e mais dos grupos The Damned, Heavy Metal Kids e Boomtown rats, que possuíam integrantes no grupo também) o The Greedies existiu apenas nos intervalos de turnês e gravações de discos das bandas, durando pouco tempo. Gravaram uma canção natalina em 1979, que foi lançada em cd apenas em 2001 em uma coletânea do Thin Lizzy.

- Muitos acham que o pai de Phil Lynott era brasileiro (Até eu achava isso, risos amarelados). Mentira. Ele era da Guiana Britânica, sua mãe era Irlandesa.

-Phil Lynott parece o Tiririca... Sério, é triste....

-Apesar de ser considerado Irlandês, Phil Lynott nasceu na Inglaterra.

-Phil Lynott tem uma estatua  na rua Graffston em Dublin.

-Phil Lynott escreveu dois livros de poesia na década de 70. Foram compilados nos anos 90 sob o nome de “Songs from while i’m away”.

-Phil teve dois irmãos postos para adoção. Sua mãe só revelou isso para ele muito tarde.

-Antes do Thin Lizzy, Phil Lynott e Gary Moore formaram uma banda chamada Skid Row (Não, não é aquela do Sebastian Bach não) no fim dos anos 60.


 E para fechar, alguns clássicos do Thin Lizzy pra galera curtir ou conhecer:
Whiskey in the Jar

The Boys Are Back in Town

Jailbreak

Bad Reputation

Thunder and Lightinning


Don't Believe a Word