sábado, 21 de julho de 2012

Filmes: O Poderoso Chefão - Parte 1



Don Vito Corleone
Apague a luz. Acenda apenas algumas velas ou uma fraca luz de gabinete. Acenda um cigarro ou charuto e deixe ele queimar no cinzeiro. Encha um copo com whisky. Coloque no toca discos (NOSSA TOCA DISCOS!!!!) o som "The Godfather Waltz" do compositor Nino Rota. Agora chupe um limão e coloque duas azeitonas na boca, uma em cada bochecha. Pronto... Você é Don Corleone. NãoOooooaooaoaoooooOOOO!  Mas você irá se sentir como Don Vito Corleone, o grande padrinho, ou o Poderoso Chefão. Não tenho palavras para descrever o quão bom e o quão rico, o quão importante e o quão magnifico é esse filme. E a trilogia como um todo? Nossa. Sem palavras novamente. É necessário assitir, e na ordem de preferência. Nem vou falar das obras originais de Mario Puzzo, escritor da série "The Godfather", que também participou do enredo e da direção dos filmes. Vou me focar apenas nas versões cinematográficas, dirigidas pelo espetacular Francis Ford Copolla. Para começar, o filme que inicia a saga.

O Poderoso Chefão se passa em meados da década de quarenta, logo após o fim da segunda guerra mundial. Começamos o filme no escritório do próprio, do grande, do temido, do respeitado, do único... Marlon Brando, no papel do iconico Don Vito Corleone. Ele está atendendo seus "amigos". Sabe-se que na máfia siciliana um homem deve atender a todos os pedidos feitos no dia do casamento de sua filha, e é isso que está acontecendo no momento. Enquanto a festa acontece, Don Corleone está conversando com diversos amigos, parentes e conhecidos. Tudo o que ele quer é respeito... e talvez um dia...outro favor em troca. Nas palavras dele mesmo, pode ser que esse dia nunca chegue, mas quando chegar, ele vai cobrar.

Al Paccino é Michael Corleone, que até metade do filme não "cheira nem fede". Contudo depois se torna o antológico sucessor de Don Vito. Seu personagem, a principio, é o único membro masculino da família que evita se envolver com os negócios do "clã" Corleone. Tudo muda depois de certos eventos, sem spoilers aqui pessoal. Assistam para saber do que estou falando.
Michael Corleone

Seus irmãos mais velhos são Sonny, o brutamontes inconsequente interpretado por James Caan e Fredo, interpretado pelo talentoso John Cazale, porém infelizmente um talento disperdiçado, pois faleceu precocemente em 1978 devido a um câncer ósseo. Sonny é o oposto de Michael e Fredo. Michael é cerebral, lógico, racional, um homem quase frio, mas que sofre por dentro e calado. Fredo é tímido, um homem, falando em português claro, sem colhões, um covarde. Sonny por sua vez é passional e mulherengo, emotivo e sedutor. Até um certo momento fica claro que Sonny seria a escolha na sucessão de Don Vito. Porém dois eventos, um primeiro mais subjetivo e o segundo mais óbvio e decisivo, fazem  Don Vito Corleone escolher Michael em detrimento a Sonny e Fredo.
Sonny Corleone
Fredo Corleone


Existe também o advogado da família, irmão adotivo de Michael, Fredo e Sonny, o moderado Tom Hagen, interpretado pelo brilhante Robert Duvall. Um homem que diz "Um advogado com uma caneta e uma pasta pode roubar mais do que cem homens armados", então Sonny retruca: "Filho, se um dia tiver a possibilidade de ter cem homens armados do seu lado, não troque por uma droga de advogado". Filosofias à parte, se o copo está meio cheio ou meio vazio... O relacionamento na família vai de corriqueiro e amoroso a odioso e estranho. Algumas cenas são o extremo da realidade. Por exemplo, a irmã de Sonny apanha de seu marido. Sonny então vai atrás do cunhado e enfia uma surra épica no cara, humilhando o dito cujo em plena rua.
Tom Hagen

Os temas abordados vão desde a criminalidade óbvia da máfia, passando pelo relacionamento familiar, respeito a seus superiores e hierarquias, sejam familiares, sejam de outras origens, a economia do pós-guerra e da grande crise, uma critica ao capitalismo através de metaforas da máfia, os limites do que chamamos de moral e como ela pode ser flexivel, torpe ou contraditória. Enfim, existem diversos temas sendo abordados todos ao mesmo tempo nesse filme. Não é a toa que "O Poderoso Chefão" encabeça diversas listas de melhores filmes de todos os tempos. E não é pra menos, realmente, não somente o primeiro filme, assim como a trilogia, representam o melhor que o cinema pode oferecer, não somente como arte, mas també como diversão.
Dificilmente será feito um filme de extrema qualidade. A estética peculiar também é outro ponto que é de cair o queixo. O filme é escuro e soturno. Os produtores torceram o nariz, queriam um tom mais claro na fotografia. Porém Copolla e seus diretores de fotografia bateram o pé e disseram não. Existem tantos pontos positivos e impressionantes no filme que fica difícil citar todos.

Vou parar por aqui. Antes que eu comece a ficar redundante. Mas não se esqueçam, essa é apenas a primeira parte. Será uma trilogia, assim como o filme.

Edição EXTRA especial: Games do Xiboca: Saga Mass Effect




Anteriormente falei que não iria fugir dos temas filmes e música. Porém também disse que eventualmente falaria de games, quadrinhos e afins. E hoje vou falar sobre um dos jogos mais interessantes da atual geração de games. A Saga Mass Effect.
O primeiro game da série foi lançado em 2007 pela Bioware exclusivamente para a plataforma Xbox 360 da microsoft, que eu carinhosamente chamo de xiboca. Enfim. E vocês me perguntam: Don Vacorleone? Qual a história do jogo? Bom meus "amiguitos", acontece o seguinte, antes mesmo do jogo começar já há uma história por trás da trama. No século XXII (vinte e dois), mais precisamente em 2158, os humanos descobrem uma forma de energia revolucionária. O chamado mass relay, uma herança tecnológica da civilização extinta há cinquenta mil anos conhecida como Protheans. Devido a esse tipo de energia a exploração de galáxias distantes se torna possível. Os humanos então descobrem que existem diversas outras raças alienígenas inteligentes no universo e todas elas se reúnem na grande cidade chamada The Citadel, um centro econômico-político-cultural, outra herança dos Protheans, que serve de sede cosmopolita para o conselho das raças alienígenas. Tudo isso gera um clima muito semelhante ao que temos em filmes como Star Wars, mas lembrando, apesar de ser ficção cientifica, não há tantas semelhanças com Star Wars, apenas deixa aquele mesmo sentimento que temos ao assistir aos filmes, ou seja, é ÉPICO! Acontece que por mais de vinte anos os humanos tentaram ganhar respeito e confiança das outras espécies, sem muito sucesso. Até a chegada de ...você! No papel de Sheppard (Você escolhe o nome, que originalmente é John), primeiro oficial do Capitão Anderson. Depois de um ataque dos Geths, que são androides "rebeldes" criados pela espécie conhecida como Quarians, uma coisa "meio blade runner", à Eden Prime, primeira colônia humana do Universo, você se torna capitão da Normandy e descobre que há um traidor no conselho, o famigerado Spectre, espécie de polícia especial do conselho, uma mistura de swat/bope/cia/fbi/policia federal das galáxias, conhecido como Saren. Ele é da raça dos Turians, uns aliens muito invocados que lembram uma mistura de lobo com insetos gigantes, mas com corpos humanoides. A partir desse ponto sua missão é provar que Saren é um traidor e traze-lo ao conselho, para que seja julgado e punido. Existem muitas reviravoltas na trama e nem sempre os vilões são motivados por ambições fúteis como dominação do universo ou ganho de riquezas. Durante sua jornada você vai juntando amigos e companheiros a sua tripulação. Você pode tratar todos, inclusive NPC's (Non Playable Carachters, ou em português, personagens não jogáveis, "os hominho que a gente não joga no jogo"), de três formas. Bem educadinho, sendo sempre cortês, utilizando de bom senso e boas maneiras para resolver as situações, ser sempre imparcial, nunca tomar partido numa briga e ser sempre profissional, ou então, a mais hardcore, que é tratar todo mundo de maneira bem ríspida, ser um cara meio canalhão e direto. Lembrando que a última maneira não indica que você seja mal, apenas que acredita que os fins justificam os meios. Enfim. Eu pessoalmente não recomendo ser neutro (apenas seja neutro nas brigas de sua tripulação, procure não tomar partido de uma pessoa ou outra, isso pode afetar sua reputação com seus companheiros negativamente). Prefira ser uma coisa ou outra. Se você for educado, ganhará pontos de Paragon e se for mais "casca grossa", ganhará pontos de Renegade. Cada uma das duas opções habilita descontos em lojas, novas opções de conversa, que podem fazer você sair de uma situação sem ter que sair atirando em todo mundo. Um exemplo, se você tiver pontos de Renegade o suficientes e ver uns caras brigando na rua. Você chega lá e entra na conversa. Aí um dialogo em vermelho fica disponível. Se você escolher esse dialogo você vai bater em um cara e chutar o outro. Pronto, eles não vão brigar mais. 
 Agora, se você tiver pontos de Paragon, aparecerá uma opção azul. Usando esse dialogo, você irá conversar com eles, perguntar o que está acontecendo e tentar contornar a situação de maneira amigável.E isso nos leva a outro elemento interessante. Os relacionamentos. Você pode namorar as garotas da sua equipe, isso se você fez um personagem homem, se tiver feito uma mulher, vai namorar os caras. Não há relacionamentos homosexuais (ou homoafetivos, nem sei como se fala mais sem ter que ser processado), apesar de que dizem que no terceiro jogo haverá essa opção. Eita! Bom... Tudo vai depender se você conversar eventualmente com suas parceiras, ou seus parceiros, respeitá-los e ajudá-los. Bom, mas e aí, você zerou o primeiro jogo e vai jogar o segundo, e a Bioware inovou, trouxe algo MUITO bacana. Quando você começa o segundo game, tchã tchã! Você pode importar o save do primeiro e tudo o que você fez, as opções e caminhos que tomou, os relacionamentos que manteve e tudo mais será lembrado. Sensacional não? Bom, eu pelo menos achei. E não tem muito mais o que falar do Mass Effect 2, tirando algumas mudanças na jogabilidade, as batalhas no primeiro jogo era mais... "atire pra todos os lados", enquanto que no 2 se você fizer isso vai morrer em pouco tempo. O segundo jogo trouxe mais planejamento e estratégia. Você precisa se esconder atrás de muros e caixas para atirar com segurança. Isso no modo mais fácil, se você for tentar lutar em área aberta, morre em poucos tiros. No geral o sistema de jogo é o mesmo, com poucas modificações. Contudo o mais importante é a história do jogo. Não quero ficar fazendo spoilers, mas é uma das melhores. Depois que você conhece as motivações de Saren, derrota o real inimigo do primeiro jogo e se aventura pelo segundo, acaba por conhecer muito do universo de Mass Effect, que é realmente rico e bem trabalhado. E importante, os diferentes finais. Principalmente no 2. Se você tomou algumas decisões equivocadas, ou se não deu todos upgrades na sua nave, ou se ainda não conseguiu a fidelidade de seus amigos ou mandou eles em missões que não eram para sua especialidades, eles podem morrer e causar um efeito no final do game. Enfim... Não vou me prolongar mais. Ainda não joguei o 3 e faz pouco tempo que zerei o 2, mas comprarei o terceiro e verei o quão épico pode ficar uma saga tão rica e incrível quanto Mass Effect! JOGUEM E SEJAM FELIZES!

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Aquilo que não nos mata

Nos torna mais estranhos...
É como, profetizou Heath Ledger no filme The Dark Knight (Cavaleiro das trevas), ou para os leigos, aquele filme do "batimá" que tem o coringa (se bem que o correto na língua portuguesa é CURINGA... mas pela gramática "feia", foi trocado por coringa mesmo). E assim sendo, eis que MR.VACO morreu... Mas não se lamentem, meus poucos, porém caros leitores. Estou de volta, não como propaganda publicitária, parafraseando Rogério Skylab, mas sim dessa vez para delimitar os novos temas do antigo VACOTOMIA. A partir de agora vamos falar de dois assuntos: Música e filmes.
Como considero a trilogia "O Poderoso Chefão" a máxima expressão de arte hollywoodiana resolvi adotar esse novo alter-ego, Don Vacorleone. E me desculpem os fãs de filmes europeus e cinema de arte, mas tudo isso é muito chato! Não vou descartar produções nacionais ou estrangeiras, pois existem obras de arte MUITO boas fora de Hollywood, contudo dificilmente verão algum filme daqueles classificados como cult pelos pseudo-intelectuais. Enfim... e também falaremos muito de música, como já vinha sendo observado no antigo vacotomia.
Não vou ficar de muito "nhê nhê nhê" agora. Vamos deixar a coisa fluir.
Agradeço muito o incentivo da minha esposa Tânia A.Ilhesca. Sem ela eu não seria ninguém. Ou seria alguém muito preguiçoso para investir no meu blog. Risos. (Uma coisa que nunca entendi... Por que raios escrever risos, sem nem rindo eu estou, mas enfim... a internet e seus usuários. Há Há)

Só alguns adendos, antes de me despedir.

* Sim, o Cursus de sapientia philosophiae buteco (ou butecus) vai continuar! Com menos (ou menas, depende se seu português é BR, PT ou MT, não é Mato Grosso, mas sim de MARTE!)
* Eventualmente irei fugir do tema filmes e música, contudo será ou por uma nobre causa (por ex...falar de games fantásticos como The Elders Scroll V: Skyrim ou a Saga Mass Effect) ou então algo relacionado a cinema. (Ex: Quando for falar do filme "Batman: The Dark Knight Rises", terei que contextualizar falando dos outros dois filmes, falando brevemente das antigas franquias dirigidas pelo grande Tim Burton e pelo, grrrr, maldito seja, Joel Schumacher, grrr... Ah sim! Antes que esqueça, se falarei de tudo isso terei que citar contextualmente os quadrinhos do Batman, fugindo dos temas "filmes e música")
*Não pretendo mais falar sobre Tokusatsus, animes e mangas... Eventualmente posso faze-lo, entretanto não pretendo mais.
*Temas diversos como a seção de Hoax, conspirações e embustes podem aparecer eventualmente sem aviso prévio. Afinal de contas... É tudo coisa do tinhoso que se aliou aos comunistas para nos guiar para uma nova ordem mundial sob o comando dos iluminatis.

Enfim. "São isso" meus amigos.

E a partir de agora, me chamem de Padrinho.