sábado, 18 de janeiro de 2014

Limbo Musical: Nem tudo que eu ouço é metal

Don Vacorleone e seu gosto musical: Rock e metal, mas também tem outras coisas...

                               Só não esperem encontrar pagode, funk carioca, sertanejo universitário... Tão pouco Samba, MPB (aquelas de barzinho), Bossa Nova ou Música Eletrônica (com algumas raras exceções). Sou um cara que curte boa música, mas a boa música, para mim, é um conceito meio limitado. Isso não faz de mim alguém limitado (musicalmente), radical ou preconceituoso. Não, não. Respeito a diversidade de gostos musicais existentes por aí. Simplesmente sei o que gosto. Se me agrada, não tem por que não ouvir. Agora, se acho chato, ruim ou simplesmente não me chama a atenção, vou mentir pra que? Pagar uma de "eclético" nunca foi minha praia. Jamais fui nessa de "odeio o som que toca lá, mas vou pra pegar mulher" ou então "Ah, não é porque toca música que eu não curto que vou deixar de sair com a galera". Eu deixo de sair sim. E não riam, é sério. Música é algo extremamente importante para mim. Não sou do tipo que vai na casa dos outros e pede pra mudar a música, mas se você está na minha casa, e quiser arrumar briga, pede pra mudar o som. Cara, você despertará minha máxima ira. Lógico, se for algo que eu não curta. Mas enfim. Mesmo assim não sou radical e tem bastantes coisas (é, tá certo o jeito que eu escrevi, não venham reclamar) que eu curto que fogem do círculo rock-metal-blues. Vou citar algumas coisinhas que tenho curtido bastante ultimamente.

OBSERVAÇÃO: Colocarei dois vídeos de cada artista e banda citados aqui, todos os vídeos estão no final da postagem, por isso, desçam lá e confiram depois)


Billy Joel
                  Tenho ouvido demais os trabalhos da década de setenta desse senhor. Pianista, compositor, músico, cantor... Um cara polivalente. Ele começou a carreira na década de sessenta e foi se envolvendo com algumas bandas até lançar seu primeiro disco em 1971. Durante os anos foi evoluindo sua música, adquirindo várias influências que vão do rock a música clássica. Passando por blues, soul, doo-woop, musicais da broadway, música folk, jazz entre outros. O estilo dele é diversificado e muito característico. Misturando os ritmos dançantes a sonoridades mais melancólicas. E isso fica extremamente evidente na obra prima que é o disco "The Stranger". Coincidentemente é seu disco de maior sucesso, mas nesse caso não é por ser comercial, mas sim um disco pop de extrema qualidade, com alta qualidade e cuidado nas composições. Destaques são a maravilhosa faixa título e sua construção, a introdução é uma balada de piano com assovios melancólicos e depois explode em um rock dançante e cativante, a peça quase progressiva e tocante de "Scenes from an italian restaurant", suas variações são lindas, e as cativantes "Only the good die young", "Movin' Out(Anthony's Song)" e "Just the way you are".
             Na minha opinião esse músico alcançou seu auge com esse disco, depois durante os anos 80 acabaria fazendo obras mais pops e comerciais, tendo até mesmo uma música (Uptown Girl) regravada por uma boy band, haahhaha rosh total. Totalmente a contramão do Children of Bodom (banda de metal europeia) que gravou uma versão metal de uma canção pop da Britney Spears (vish).
            Recomendo demais Billy Joel e deixo para vocês duas canções dele pra conferir seu trampo, a faixa título "The Stranger" e "Scenes from an italian restaurant".



                                   
 Steely Dan
          

                 O Steely Dan foi um conjunto muito sofisticado, musicalmente, e variado. Sua sonoridade é difícil de definir mas podemos classificar como Jazz fusion misturado com rythm 'n blues e soul music. Além diversos outros estilos, uma verdadeira mistura ambulante de estilos. Confesso que ouvi poucos discos desse grupo, mas alguns realmente me agradaram. Dentre os mesmos posso citar "Aja" de 1977, aquele que muitos consideram como a obra prima da banda, "The Royal Scam" de 1976, "Pretzel logic" de 1974 e "Countdown to Ecstasy" de 1973. Não ouvi praticamente nada desse grupo dos anos 80 em diante, por isso não posso dizer muita coisa sobre trabalhos mais recentes, contudo esses trabalhos citados são obras muito boas, mas BOAS MESMO. Um grande destaque da discografia é a canção "Deacon Blues" do disco Aja. Sua estrutura que mescla R'n B, Jazz e Blues é suave mas com uma pegada forte. Outra excelente canção é a "Pretzel Logic" do disco de mesmo nome. Sua estrutura é um blues mais tradicional, mas percebe-se um cuidado especial para dar personalidade a música, talvez pelos vocais e backing vocais, a levada quase "progressiva" da canção, "culpa" do teclado e da guitarra hipnótica e o acompanhamento das sessões de metal. E são essas duas músicas que vou deixar para vocês. Não é um grupo para qualquer um, assim como o próximo que citarei.

Blood, Sweat and Tears

                       O Blood, Sweat and tears foi um grupo que misturou rock, blues e jazz, fazendo o tal do fusion-rock, e muitos dizem que eles foram uma das primeiras bandas a faze-lo. Bom, talvez, sua jornada começou em 1967. O primeiro disco tem alguns elementos pop e bastante jazz, depois foram se tornando um pouco mais pop e fazendo sucesso, mas desagradando muita gente, pois se apresentavam em festivais organizados pelo governo. Isso era muito mal visto na época. Independente da popularidade, sucesso ou se agradavam o público, a critica ou o que for, eles tinham muita qualidade. Mesmo sendo uma banda de jazz-fusion demasiadamente pop para o estilo tinham uma sonoridade bem exclusiva e interessante. Com o disco "New Blood" o grupo ficou um pouco mais puxado para o blues e o jazz novamente. No entanto o grupo nunca foi extremamente popular, mas o interessante é que fizeram bastante sucesso. Essas coisas acontecem, são estranhas mas acontecem. Vou deixar para vocês duas músicas que curto muito, "Lucretia McEvil" do terceiro disco e "Down in the flood" do New Blood.


Antônio Marcos

                  Agora vamos falar um pouco de artistas brasileiros. Antônio Marcos foi um cantor dos anos 60, 70 e 80 (e principio dos anos 90) que surgiu em meio ao pessoal da Jovem Guarda. O estilo dele é bem diferente de tudo que vocês devem imaginar que eu curta. Uma mistura de boleros, rock, pop e música de fossa... Música de fossa??? Sim, aquelas músicas bem deprimentes que o pessoal ouve quando está com dor de corno. Há, brincadeira. Mas é um tipo de musica bem, mas bem deprê. E ele era um cara bem deprê, o tema constante de suas músicas eram insatisfação da juventude, tristeza, desilusões amorosas e também um pouco de louvor religioso (quem não se lembra da música "Homem de Nazaré", gravada pelo Chitãozinho e Xororó, vish, aquela do "ei irmão, vamos seguir com fé...aquilo que ensinou o homem de Nazaré", vish, rosh, sim, essa música foi gravada pelo Antônio Marcos, e não sei se é dele, mas a versão mais antiga que conheço foi gravada pelo mesmo). Acontece que esse rapaz morreu de insuficiência hepática (problema no fígado) causada pelo alcoolismo, então já viram né galera jovem, não encham a cara de pinga todo dia... Caso contrário, já viram, vão parar no IML. A verdade é que a sonoridade desse cara era incrível. Na minha opinião ele era o grande destaque daquela turminha da jovem guarda, mas sei lá por que raios isso foi parar nas mãos do Roberto Carlos. Estranho. Fiquem aí com algumas músicas dele, "Oração de um jovem triste" e "Sonhos de um Palhaço".

Jessé
                     
                   Jessé, ou Jessé Florentino Santos, foi um cantor que fez bastante sucesso na década de oitenta (embora nunca tenha agradado muito a crítica) e também morreu cedo. Seu estilo é bastante versátil, contudo sempre focado em um meio termo entre as canções pop, mpb e alguma influência de rock britânico dos anos 60, estilo The Beatles, naquela fase Revolver, Sgt.Peppers. Claro, com menos experimentalismo, mas com grandiosidade musical. Ele foi revelado em 1980 com a canção "Porto Solidão" em um festival. Dali em diante fez muito sucesso e gravou canções maravilhosas. Dono de uma voz potente e de um registro extremamente alto é uma das mais poderosas e belas vozes da música popular brasileira. Infelizmente não teve o reconhecimento que merecia, ficando aquém (em termos de elogios da critica e sucesso comercial) de alguns artistas mais "protegidos" pela mídia. Infelizmente morreu em um acidente de carro em 1993, quando estava prestes a completar 41 anos. Fiquem com duas canções, "Porto Solidão" e "O Sal da Terra".

Ronnie Von
                    Mais um cantor BR. Acredito que esse cara seja bastante conhecido pela galera mais jovem, mas pelo motivo errado (embora seja cômico). Ele soltou uma pérola em seu programa de TV (é, quem não sabe ele tem um programa excelente, que já levou icones como Glenn Hughes e Jeff Scott Soto) enquanto lia uma carta. Passou até no top 10 do programa CQC. No final eu coloco um vídeo sobre isso. Mas enfim. Ronnie Von surgiu como cantor durante a jovem guarda, comandando um programa similar, que era um concorrente. E olhem só, o cara era bem mais roqueiro, aliás, ele era roqueiro mesmo. Suas músicas eram psicodélicas (ao menos no final dos anos 60 e principio dos anos 70) , mais extravagantes e menos "bobinhas" que de seus "adversários", o "Rei" Roberto Carlos e o "tremendão" Erasmo Carlos. Pra mim Von era melhor que os "Carlos". Mas enfim, parece que a maioria não acha isso. Mas a maioria que vá plantar batata e assim como disse Nelso Rodrigues "toda unanimidade é burra", mesmo essa frase deve ter suas exceções, mas eu a usei pois ilustra bem. Ah, vai saber... Só sei que eu prefiro Ronnie Von, me desculpe quem discorda, mas é a minha opinião. E não, não chamei ninguém de burro. Rosh. Fiquem aí com duas canções dele "Para de sonhar com estrelas" e "Máquina Voadora", e também o vídeo que citei anteriormente. Há Há.
        

                 Valeu gente, por hoje é só, fiquem espertos e acompanhem o blog aí para mais novidades. Um grande abraço a todos.

Billy Joel:
                               The Stranger

               Scenes From an Italian Restaurant






Steely Dan:

                                  Deacon Blues

                               Pretzel Logic

Blood, Sweat and Tears

                               Luretia McEvil

                             Down in the Flood

Antonio Marcos:

                   Oração de um jovem triste

                              Sonhos de um palhaço

Jessé

                                  Porto Solidão

                                 O Sal da Terra
Ronnie Von

              Pare de sonhar com estrelas distantes

                           A máquina voadora

E o lendário, o mítico, o maravilhoso vídeo que falei sobre o Ronnie Von:

Um comentário:

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