sábado, 22 de setembro de 2012

Cursus de sapientia philosophiae buteco


Cursus de sapientia philosophiae buteco


O paradoxo do jovem moderno: O libertino e o reacionário


Juventude: Tirando a bandeirinha do PSTU (Rosh) deveria ser assim

Ah! A juventude! Uma idade de contradição. Mesmo assim uma idade de renovação e questionamento. De garra e de fervor. De ideais e de momentos. Mas não é isso o que tenho visto por aí não. Cada vez mais vejo jovens que não se portam como jovens. Ao menos, não como deveriam. E não me refiro a adolescentes de quinze ou dezesseis anos. Essa é a idade de fazer babaquice, mas babaquice consciente. Quero dizer... De aprontar saudavelmente. De fazer brincadeirinhas bobas e não ter tanto compromisso com as coisas. Vejam bem, não é uma apologia a vagabundice e irresponsabilidade. Mas sim uma fase da vida que ainda não temos responsabilidades de adultos e tão pouco a infantilidade de crianças... É a fase de transição. Os jovens que me refiro são da faixa etária, que inclusive me encontro atualmente, que fica entre dezoito e vinte sete, vinte e oito anos. Esse período de dez anos, aproximadamente, é o período que ao longo da história, ao menos do século XX, foi protagonista de grandes revoluções culturais e comportamentais. Charles Chaplin, um jovem de vinte e tantos anos, revolucionou o cinema e a comédia. Robert Johnson, com menos de trinta anos revolucionou o blues. Elvis Presley, com seus vinte e tantos anos modificou o comportamento dos músicos e a postura em relação a música negra. Chuck Berry (por mais que insistam em dizer que não foi ele) "inventou" o rock and roll, com menos de trinta anos de idade. Os Beatles se tornaram a maior banda do mundo nos anos 60. Todos com menos de 30. Falando de paz, de amor, de revolução cultural. Os jovens artistas da década de sessenta que enfrentaram o conservadorismo. Apontaram o dedo na cara da ditadura (no Brasil e em outros países que sofriam do mesmo mal), levantaram os punhos contra as convenções sociais e gritaram: EU TENHO O DIREITO DE SER COMO EU QUERO SER! E até a década de setenta, era assim...Uma geração mais liberal e revolucionária que a outra. Lógico, tinha muita putaria, muito "pseudozinho" e muito cara de pau nessas turmas também. Mas o que vemos hoje é uma inversão. Os "tiozões", como os jovens mesmo dizem, de hoje, foram os jovens de ontem. E esses mesmos tiozões são muito mais "prafrentex" que os jovenzinhos babacas da atualidade. O que eu vejo por aí é um bando de moleques barbados e gurias recém-saídas das fraldas se auto-afirmando como "os bã bã bãs". Vejo nas redes sociais jovens de 20 e poucos anos falando: Na época da ditadura era assim. Bandido bom era bandido morto... Não vou defender bandido. Bandido, dependendo do crime, se matou, se estuprou, se sequestrou, se é traficante de grande escalão, se é o caralho a quatro, tem mais é que se foder bonito mesmo. Prisão perpétua, cadeira elétrica, esquadrão de fuzilamento, banimento da nossa dimensão, ficar assistindo turma do didi por 24 horas consecutivas... Tem mais é que se lascar. Agora... Um moleque, de vinte anos, que em 1985 (fim da ditadura militar), não tinham nem nascido, ficar falando que aquela época é que era boa. Ah, faça me o favor. E ainda dizem: Eu falo isso porque meu avô dizia que era muito melhor. Não tinha bandido. Lógico que seu avô dizia isso. O meu também! Naquela época seu avô já era um homem de meia idade (no mínimo). Ou seja, um homem de família, respeitável que não ligava pra outras coisas além da família (ou ao menos assim se esperava). A revolução é coisa da juventude. Tudo bem, tinha menos bandidos? Tinha menos bandidos. Agora, tinha menos direitos também. Você nunca poderia falar um: FODA-SE. Você não podia falar o que pensa. Essa macacada (se é que posso ofender assim os nossos parentes símios) pensa que pagando imposto, como nos dias de hoje, você pode falar e pensar qualquer coisa. Ledo engano. Nada de falar e pensar por si mesmo. Todos robôs do sistema. Status Quo na cabeça. E ainda tem mais. Literatura, música, poesia, história, filosofia, artes e cultura em geral. Pff... Tudo coisa do capeta, do demônio devorador de criancinhas conhecido como Comunismo. Vamos ficar só na matemática, português e geografia (GEOGRAFIA, não geopolítica). Aprendam a cantar o hino nacional e vão arrumar um emprego que você ficará para o resto da vida ganhando salario minimo. Por Cristo de patinete e velotrol. Sem contar que a parte mais libertária dos jovens de hoje, ou deveria dizer, libertina, se consta apenas em sexo. Nada de revolução. Tá tudo bão! Indiferença hoje e sempre. Mas putaria, ah, isso tem que ter. 
Juventude na balada. Beleza, diversão é bão. Mas balada?? Rosh...e indiferença política, cultural, religiosa, blá blá...que papo chato cara. rosh!


Então eu digo. TIRA O CAVALINHO DA CHUVA CARA! Seria um país de ignorantes, ainda mais ignorantes devo dizer, e robôs moldados a ótica capitalista. Se vivemos em uma democracia, que é uma merda, devemos dar graças a deus de não ser uma ditadura de merda. Por mais corrupção e bandidagem que temos hoje, ao menos temos o poder de decidir mudar. E é isso, um povo tem o governo que merece. Parabéns brasileiros. Tem essa merda de governos, pois vos sois um bando de merdas! E não me excluo fora dessa não. Eu sou um senhor merda também. Mas ao menos enxergo isso e não sou hipócrita de fingir que não. Tento fazer minha parte. Por isso jovem reacionário da política e cultura, mas libertário (ou libertino) da putaria e da sacanagem. Pegue seu Michel Teló, seu Bonde da putaria, seu Funky carioca boca de lixo, seu monte de merda que a globo e a mtv empurra na sua goela, e vá-te a merda filho de uma meretriz. Precisamos aprender mais com as gerações que vieram antes. Caso contrário, olha a direção que estamos indo... O curioso caso de Benjamin Buttons em escala geográfica "a nível de Brasil". Touché, ouch ouch, rosh, vish! Fuck it!

E deixo para vocês uma música que representa bem o que é espirito da juventude verdadeira. Não, não é por causa do comercial de cigarro, que isso não tem nada a ver com ser jovem. Falo da letra mesmo. A música: Breaking all the rules do Peter Frampton. Lá vai ela ae pessoal. 

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